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Publicada em 13/11/2016 às 14:49 | Atualizada em 13/11/2016 às 15:30

Reynaldo Gianecchini fala sobre assédio do público: - Não tenho todas as pessoas aos meus pés

O ator também falou sobre como demonstra os seus sentimentos e que gosta bastante da solidão

Da Redação

Divulgação

Reynaldo Gianecchini acabou de completar 44 anos de idade e provou que conhece bastante a si mesmo. Em entrevista para o jornal Extra, o ator comentou sobre como demonstra os seus sentimentos, já que costuma observar as situações de um lado positivo e não se entrega ao choro.

Homens choram, claro, mas é chato sofrimento ser sinônimo de lágrimas. É mais bonito mostrar sofrimento sem precisar apelar para as lágrimas. Eu choro muito pouco. Nos momentos mais dramáticos da minha vida, eu não chorei. E, como público, acho insuportável ver mocinho aos prantos o tempo todo. Não tive essa castração da família de que chorar não é para meninos. Lá em casa, todo mundo se abraça, se beija... Com tios, primos, a gente não tem o menor pudor de demonstrar afeto. Mas eu tenho uma tendência, graças a Deus, a nunca levar os acontecimentos para o lado trágico.

Gianecchini também revelou que gosta bastante da solidão.

Adoro solidão. Sou um cara meio solitário no sentido de que fico bem sozinho. Gosto do meu tempo comigo mesmo. Não tenho medo da solidão, eu a assumo e tiro proveito dela. Algumas pessoas necessitam estar o tempo todo rodeadas de gente, engatando vários relacionamentos. Faz muito tempo que eu não tenho um relacionamento. Não que eu não goste, acho uma delícia ter alguém, mas não preciso ficar toda hora acompanhado. Tem que ser alguma coisa especial. Senão, não faz sentido. A gente pode ter diversos amores. Nunca entro num relacionamento achando que precisa ser para a vida toda. Precisa ter o tempo que for muito legal e pronto, o período que durar. Mas acho bonito quem tem um único amor a vida toda.

O astro também é bastante maduro na hora de lidar com seus relacionamentos.

Sou bem racional. Quando entendo que uma relação já deu, que os caminhos já estão meio fora de sintonia, sou prático em terminar. Não fico nessa de vai e volta. Quanto tomo a decisão, é aquilo e pronto. Sou do perdão e de transformar o afeto. Geralmente, fico amigo da pessoa. Tento sempre fazer isso na minha vida. Meus ex-relacionamentos viraram ótimas amizades.

E isso inclui a ex-mulher, Marília Gabriela.

A gente se fala bastante. É claro que a vida é louca para todo mundo, falta tempo para fazer tudo o que a gente quer, mas Marília é uma pessoa que eu mantenho bem próxima a mim, por quem alimento um carinho enorme.

O ator ainda abriu o coração na hora de falar sobre o assédio do público.

Não tenho todas as pessoas aos meus pés. São muito raros os encontros especiais, aquelas pessoas com quem vale a pena dividir a vida, se aprofundar. O que existe por aí é gente querendo uma companhia para passar o tempo, se divertir. Isso eu até posso fazer, mas, como relacionamento, eu espero um encontro mais poderoso.

Solteiro, Giane fala sobre paternidade.

Definitivamente, tem que aparecer a parceira ideal. Se não rolar, está tudo certo também. É ótimo que o homem não tenha um prazo certo para ser pai. O fato é que, por enquanto, não bateu essa urgência. Eu espero a vida me mostrar o caminho, se vou ter ou não um filho. Não tenho o menor conceito sobre isso, deixo acontecer.

E apesar do novo visual do ator ter causado discórdia, Gianecchini revela que adorou este estilo. 

Esse visual tem muito a ver comigo, se encaixa com o meu jeito despojado, de não ser todo arrumadinho. Mas percebo que tem gente que não gosta da barba. Muitas pessoas ficam presas ao conceito da minha cara certinha, de menininho bonitinho, sem pelos. Tem gente que se recusa a olhar para o novo. É porque se você olhar para o novo com o olho do velho tem um choque. Mas, nas redes sociais, 90% dos internautas aprovaram.

Entretanto, ter este visual não é nada fácil.

Esse processo de ir para o salão semanalmente para pintar a barba é desgastante. Não é tão fácil. O cabelo, só preciso retocar a cada 40 dias. Mas a tinta pega de uma forma diferente na barba. A minha está com quatro colorações. Para chegar a essa cor, tem toda uma alquimia. Às vezes, fico três horas no salão porque só posso sair de lá com o tom exato. Geralmente, o ambiente de salão me dá uma aflição com todo mundo falando ao mesmo tempo. Mas eu vou em um que é bem reservado, tranquilinho. Aí, aproveito esse tempo para ler e fico em paz.

A idade também não o abala.

A natureza é muito sábia, naturalmente vai te freando, fazendo você não ter mais energia para certas coisas. Quando era bem jovem, lamentava que com 40, 50 anos não ia mais ter pique para ir à balada. Hoje, eu falo: Graças a Deus que não quero ir para a balada. Chega de perder tempo. Depois dos 40, sinto que, naturalmente, a gente entra em outro trilho. A vida realmente começa aos 40. Parece que tudo antes foi um ensaio e que agora estou vivendo de verdade quem eu sou. Talvez eu não tivesse esse autoconhecimento se não houvesse passado pela doença. Mas não é só o câncer. Tem a ver com tudo que foi vindo a partir daí.

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Reynaldo Gianecchini fala sobre assédio do público: - Não tenho todas as pessoas aos meus pés

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Reynaldo Gianecchini acabou de completar 44 anos de idade e provou que conhece bastante a si mesmo. Em entrevista para o jornal Extra, o ator comentou sobre como demonstra os seus sentimentos, já que costuma observar as situações de um lado positivo e não se entrega ao choro.

Homens choram, claro, mas é chato sofrimento ser sinônimo de lágrimas. É mais bonito mostrar sofrimento sem precisar apelar para as lágrimas. Eu choro muito pouco. Nos momentos mais dramáticos da minha vida, eu não chorei. E, como público, acho insuportável ver mocinho aos prantos o tempo todo. Não tive essa castração da família de que chorar não é para meninos. Lá em casa, todo mundo se abraça, se beija... Com tios, primos, a gente não tem o menor pudor de demonstrar afeto. Mas eu tenho uma tendência, graças a Deus, a nunca levar os acontecimentos para o lado trágico.

Gianecchini também revelou que gosta bastante da solidão.

Adoro solidão. Sou um cara meio solitário no sentido de que fico bem sozinho. Gosto do meu tempo comigo mesmo. Não tenho medo da solidão, eu a assumo e tiro proveito dela. Algumas pessoas necessitam estar o tempo todo rodeadas de gente, engatando vários relacionamentos. Faz muito tempo que eu não tenho um relacionamento. Não que eu não goste, acho uma delícia ter alguém, mas não preciso ficar toda hora acompanhado. Tem que ser alguma coisa especial. Senão, não faz sentido. A gente pode ter diversos amores. Nunca entro num relacionamento achando que precisa ser para a vida toda. Precisa ter o tempo que for muito legal e pronto, o período que durar. Mas acho bonito quem tem um único amor a vida toda.

O astro também é bastante maduro na hora de lidar com seus relacionamentos.

Sou bem racional. Quando entendo que uma relação já deu, que os caminhos já estão meio fora de sintonia, sou prático em terminar. Não fico nessa de vai e volta. Quanto tomo a decisão, é aquilo e pronto. Sou do perdão e de transformar o afeto. Geralmente, fico amigo da pessoa. Tento sempre fazer isso na minha vida. Meus ex-relacionamentos viraram ótimas amizades.

E isso inclui a ex-mulher, Marília Gabriela.

A gente se fala bastante. É claro que a vida é louca para todo mundo, falta tempo para fazer tudo o que a gente quer, mas Marília é uma pessoa que eu mantenho bem próxima a mim, por quem alimento um carinho enorme.

O ator ainda abriu o coração na hora de falar sobre o assédio do público.

Não tenho todas as pessoas aos meus pés. São muito raros os encontros especiais, aquelas pessoas com quem vale a pena dividir a vida, se aprofundar. O que existe por aí é gente querendo uma companhia para passar o tempo, se divertir. Isso eu até posso fazer, mas, como relacionamento, eu espero um encontro mais poderoso.

Solteiro, Giane fala sobre paternidade.

Definitivamente, tem que aparecer a parceira ideal. Se não rolar, está tudo certo também. É ótimo que o homem não tenha um prazo certo para ser pai. O fato é que, por enquanto, não bateu essa urgência. Eu espero a vida me mostrar o caminho, se vou ter ou não um filho. Não tenho o menor conceito sobre isso, deixo acontecer.

E apesar do novo visual do ator ter causado discórdia, Gianecchini revela que adorou este estilo. 

Esse visual tem muito a ver comigo, se encaixa com o meu jeito despojado, de não ser todo arrumadinho. Mas percebo que tem gente que não gosta da barba. Muitas pessoas ficam presas ao conceito da minha cara certinha, de menininho bonitinho, sem pelos. Tem gente que se recusa a olhar para o novo. É porque se você olhar para o novo com o olho do velho tem um choque. Mas, nas redes sociais, 90% dos internautas aprovaram.

Entretanto, ter este visual não é nada fácil.

Esse processo de ir para o salão semanalmente para pintar a barba é desgastante. Não é tão fácil. O cabelo, só preciso retocar a cada 40 dias. Mas a tinta pega de uma forma diferente na barba. A minha está com quatro colorações. Para chegar a essa cor, tem toda uma alquimia. Às vezes, fico três horas no salão porque só posso sair de lá com o tom exato. Geralmente, o ambiente de salão me dá uma aflição com todo mundo falando ao mesmo tempo. Mas eu vou em um que é bem reservado, tranquilinho. Aí, aproveito esse tempo para ler e fico em paz.

A idade também não o abala.

A natureza é muito sábia, naturalmente vai te freando, fazendo você não ter mais energia para certas coisas. Quando era bem jovem, lamentava que com 40, 50 anos não ia mais ter pique para ir à balada. Hoje, eu falo: Graças a Deus que não quero ir para a balada. Chega de perder tempo. Depois dos 40, sinto que, naturalmente, a gente entra em outro trilho. A vida realmente começa aos 40. Parece que tudo antes foi um ensaio e que agora estou vivendo de verdade quem eu sou. Talvez eu não tivesse esse autoconhecimento se não houvesse passado pela doença. Mas não é só o câncer. Tem a ver com tudo que foi vindo a partir daí.