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Nos últimos anos, vez ou outra Whindersson Nunes faz revelações sobre a sua vida pessoal, o que, muitas vezes, envolve também a saúde mental do artista. Uma das vezes mais recentes que ele falou sobre o fato foi em uma entrevista à Ana Carolina Raimundi, no Fantástico, quando ele contou como a internação para tratar a dependência de álcool o levou ao diagnóstico de altas habilidades ou superdotação. Segundo o artista, ele descobriu o diagnóstico ao tentar controlar seus problemas de consumo de álcool. - Eu [estava internado] por causa dessa dependência de álcool. Eu queria saber o porquê dessa vontade de terminar com a garrafa. Só queria beber se fosse a garrafa inteira, não podia tomar um pouco. Só queria se fosse inteira, se fosse muito, se fosse demais. Foi durante sua internação que a equipe médica fez diferentes exames de rotina e decidiu aplicar um teste de altas habilidades. - Internado, você fica constantemente observado, e me chamaram para fazer o teste de altas habilidades. Eu achava que isso [de superdotação] era alguma coisa muito distante, mas não é. Percebi que eu já tentava, por meio das artes, fazer alguma gambiarra na minha vida que me ajudasse [com o constante sentimento de melancolia], porque eu não fui assistido por pais que estavam preparados para isso. Entendi por que eu me sentia de tal forma. Desde pequeno, preferia andar sozinho do que estar com a turma. Ainda segundo o comediante, seu QI foi mensurado em 138, sendo que a média costuma ser 96. Com o diagnóstico, agora ele entende como sua mente funciona e consegue criar mecanismos para lidar com as dificuldades cotidianas. - É questão de autoconhecimento, do que eu posso fazer para me preparar para esses períodos... para não deixar essa melancolia me abraçar. Aliás, para quem não sabe, o comediante frequentemente fala publicamente sobre seu sofrimento com a depressão e a ansiedade. Veja algumas vezes em que Whindersson trouxe esse assunto à tona.
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No dia 20 de fevereiro de 2025, a assessoria de Whindersson Nunes soltou um comunicado à imprensa em que relatou a internação voluntária do artista em uma clínica psiquiátrica para poder tratar a saúde mental. Logo depois ele recebeu apoio de pessoas queridas, como de seu pai e de Maria Lina, sua antiga companheira. Foi nessa internação, aliás, que ele descobriu o diagnóstico de altas habilidades ou superdotação.
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Whindersson Nunes aborda o assunto saúde mental desde 2019 em suas redes sociais, que tem milhões de seguidores. Nessa época, ele chegou a dar uma pausa na carreira para buscar tratamento e falou sobre em entrevista ao Fantástico: - Eu virei um cara que tenho as minhas coisinhas e tudo mais. Mas você chega naquele momento e fica: e aí? Dinheiro, dinheiro, dinheiro e ai? O que eu vou fazer? Eu posso pagar os melhores profissionais, mas tem gente que não pode.
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Ainda em 2019, o piauiense começou a praticar boxe, esporte do qual ele afirmou no programa Provocações, comandado por Marcelo Tas, que o salvou: - O boxe salvou minha vida. Tenho depressão, e isso é uma coisa que vai e volta. O boxe fez com que eu me controlasse mentalmente. É um jogo de xadrez: preciso estar mentalmente regulado para chegar ao ringue.
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Em 2021, Whindersson passou por um grande baque: a perda de um filho, fruto do antigo relacionamento com Maria Lina. João Miguel nasceu prematuro com 22 semanas e não resistiu. A partir daquele ano, o famoso mudou bastante sua aparência e comportamento, incluindo a atitude de fazer tatuagens no rosto, que na época preocupou muito os fãs. Nos desenhos, um emoji com rosto triste e uma lágrima, além da frase Lute como um guerreiro. Ainda com o luto recente, o famoso contou ao jornal O Globo que o boxe seguia presente em sua vida: - Ser uma pessoa pública e ter muitas turbulências ao redor atrapalha um pouco. Então, ficar na minha e planejar as coisas me deixa mais confortável. A própria luta (de boxe) é um foco, da possibilidade de viver melhor.
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Em 2023, ele contou no X que ligou para o CVV (Centro de Valorização a Vida), uma associação civil sem fins lucrativos, formada por voluntários treinados para conversar com pessoas que procuram ajuda e apoio emocional. Na ocasião, ele relatou que chegou a chorar durante a conversa com a voluntaria: Liguei no CVV hoje, foi muito legal uma moça bacana com uma voz calma conversou comigo, chorei demais, mas a experiência de conversar sobre tudo com um anônimo é muito libertador, se você precisar de ajuda, ligue 188.
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Em 2024, Whindersson passou a fazer relatos mais constantes sobre a depressão. Em junho, o famoso acabou compartilhando no X, o antigo Twitter, que um pensamento intrusivo quase o fez cometer um suícidio. Em longo desabafo, o comediante contou: Olho a arma em cima da mesa, igual aquelas pensamento de impulso sabe, que a galera diz que tá numa ponte e tem medo de, num impulso, jogar o celular, sabe? Eu peguei essa arma, entrei no quarto, tranquei a porta. Eu destravei a arma, armei puxando, e atirei na minha cabeça, na têmpora, cleque, nada aconteceu. Travei, tirei as balas do carregador, vi se não tinha ficado nenhum dentro. Em seguida, ele foi tomar banho. A partir daí, Whindersson passou a refletir sobre o ocorrido e o que poderia ter acontecido de diferente.
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Ainda no ano de 2024, ele também relatou por meio da rede social que pela primeira vez a ansiedade o deixou desconfortável no palco. Em um desabafo, relatou: Primeira vez que a depressão fez eu não me sentir bem com um microfone na mão foi hoje, mas só nada, aprendi mais uma. Quando for fazer algo, faça por que quer, não por que está com raiva.
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