Traição Entre Amigas é o mais novo filme de Larissa Manoela e Giovanna Rispoli, que chega aos cinemas na próxima quinta-feira, dia 11. O longa conta a história de Penélope e Luiza, duas amigas adultas que passam por situações complicadas e diversas ao decorrer da narrativa e precisam enfrentar os desafios. 

Em coletiva de imprensa na qual o ESTRELANDO esteve presente, as duas, que iniciaram suas carreiras ainda crianças, comentaram mais sobre o motivo de terem aceitado esses papéis tão complexos e fora de suas zonas de conforto.

Larissa começou falando sobre seus 20 anos de carreira, completados em 2025. Para ela, a personagem no filme veio na hora certa:

- Falando especialmente da minha Penélope, acho que vocês puderam ver o quanto ela é única, poderosa e dona de si. Essa personagem é tudo que eu realmente precisava agora na minha vida. Eu faço 25 anos de idade agora também, então veio num momento mais do que especial. E para celebrar esse esse ano de de carreira, eu estou celebrando com a Penélope da melhor maneira possível. 

Segundo a atriz, o roteiro foi algo que a encantou desde a primeira vez, pois ela pode perceber o quão humana sua personagem era. Isso porque Penélope erra e acerta muito durante o filme, além de ter que tomar diversas decisões:

- Quando li o roteiro, eu me encantei. Falei: Eu quero muito contar essa história. Eu acredito muito que quando o roteiro bate forte no nosso coração, as personagens também encontram as atrizes e a Penélope e a Luiza nos encontraram. Então essa personagem realmente era tudo que eu queria viver nesse momento. Ela me desafia em lugares muito únicos e o que mais me encanta nela é que ela é humana.

Ainda sobre escolhas, Larissa falou justamente que esse é um dos tópicos mais importantes do filme, algo que a deixou intrigada:

- A gente fala de escolhas, não é certo ou errado, a gente está ali para falar de escolhas diversas e livres de qualquer julgamento. A gente quer gerar debate, a gente quer que as pessoas saiam da sala de cinema falando sobre esses temas, pensando no que poderiam fazer... será que agiriam como a Penélope, será que agiriam como a Luiza? 

Por fim, a atriz revelou que os temas abordados durante a trama, como traição, aborto, maternidade, casamento, insegurança e sensualidade, foram o que fizeram ela aceitar o papel:

- A Penélope me valida num lugar muito importante na minha autoestima, me valida como mulher, me valida na minha sensualidade e me enxergar através dela é muito importante para mim. Acho que o que me fez topar fazer esse filme foi também ele me desafiar e me tirar do zona de conforto. O que mais me motivou são os temas que a gente aborda.

Já para Giovanna, que vive Luiza no longa, a importância foi outra, já que essa é a primeira personagem adulta que ela fez em toda sua carreira. De acordo com ela, começar como atriz mirim gerou uma responsabilidade grande internamente e uma dificuldade de deixar sua imagem de criança para trás e trazer a adulta à tona:

- Essa transição de menina para mulher é difícil, porque realmente existe esse olhar de: Ela está fazendo esse papel, mas agora ela já é uma mulher, ela já é adulta. Então esse filme, para mim, é realmente uma grande realização na minha carreira. Essas personagens complexas e femininas, mulheres... e foi minha primeira personagem adulta. A Luiza, o que me ganhou dela logo no início foi ela não ser uma personagem óbvia, uma coisa muito humana. A Luiza erra para caramba, acerta ali, mas ela é uma personagem muito complexa, um tanto perturbada.

E foi justamente essa perturbação da personagem que a atraiu para mergulhar no papel:

- Isso me atraiu muito, porque eu gosto dessa perturbação. E eu falei: Cara, eu acho que dá para eu dar uma enlouquecida aqui com a Luiza. E enlouquecer para mim como atriz é um presente. Tem momentos que você odeia a Luiza, tem momentos que você ama, talvez mais momentos que você odeia, mas eu não sei realmente como é que vai ser a reação de você, não julgo.

Particularidades

Deu para perceber que, tanto Penélope, quanto Luiza, possuem personalidades muito únicas. Esse detalhe é algo que não passou despercebido pelas atrizes, que refletiram se conseguiriam viver a personagem uma da outra. 

Penélope é uma mulher destemida, que se joga na vida, vai para festas, curte, bebe, fica com várias pessoas sem se apegar. Ela é divertida, com uma estética maximalista e extrovertida. Larissa começou falando sobre ela e revelou um fato interessante sobre seu processo de preparação para viver a personagem, opinando se sua colega de elenco conseguiria interpretá-la:

- Eu acho que na vida a Giovanna tem umas coisas impulsivas de Penélope, não nas nas decisões. Eu ficava olhando ela, eu falava: Acho que está aqui uma grande referência de vida de Penélope e eu tenho o que beber da fonte, que é me inspirar na vida e nesse jeito de se atirar, de se jogar, viver... de intensidade de vida. Aí eu falei: Eu tenho aqui uma pessoa, que inclusive faria lindamente a Penélope, que vou extrair dali, e foi maravilhoso, porque a gente estava em papéis completamente diferentes de tudo que a gente já fez e eu pude ter uma das das maiores inspirações do meu lado e que tornou tudo ainda mais especial, porque a gente está em personagens que talvez a outra também fizesse de uma maneira muito especial.

No entanto, Giovanna discordou da amiga, ressaltando que poderia até ter um pouco de Penélope em sua vida pessoal, mas que não conseguiria trazer tantas camadas para a personagem:

- Da maneira que a Larissa fez a Penélope, eu não me imagino. Eu acho que a sua Penélope tem tantas camadas e tantas coisas, esse lugar de um empoderamento e de uma mulher tão dona de si que eu não [conseguiria].

Larissa rebateu, falando o quanto elas criaram uma conexão especial, e que mesmo elas conseguindo interpretar as outras personagens, ninguém faria o papel como elas mesmas:

- Ver uma Penélope em mim e uma Luiza que eu vejo em você, e a gente poder trabalhar em conjunto, tem um lugar tão especial nesse filme. Para mim, dividir esse protagonismo com ela se tornou ainda mais especial, porque assim como todas as relações aqui é sobre a gente enxergar o nosso próprio lugar. E pensando que talvez eu pudesse fazer a Luiza e ela poder fazer a Penélope... ninguém faria como ela fez e assim como eu fiz, então é muito lindo pensar que a arte proporciona encontros maravilhosos, como esse que enchem o nosso coração e eu acho que vocês só conseguem sentir tanta essa verdade, tanta essa entrega, porque a gente é assim na vida, a gente estabelecer uma conexão muito linda, uma admiração plena e que vai seguir para outros projetos.