A nova versão de Vale Tudo, exibida em 2025 pela TV Globo, atualizou não só o elenco e os diálogos de um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira — mas também recriou cenas emblemáticas com um olhar contemporâneo para a estética. Figurinos icônicos da versão de 1988, que ajudaram a eternizar personagens como Maria de Fátima, Raquel, Solange e Odete Roitman, voltam à cena repaginados, mas com o mesmo impacto dramático. Na primeira versão da novela, Glória Pires eternizou a ambiciosa Maria de Fátima com um vestido de noiva discreto, de manga comprida, gola alta e tecido acetinado, reforçando a imagem de boa moça que a personagem queria passar. Em 2024, Bella Campos ganhou uma releitura completamente diferente para a cena: um vestido rosa volumoso, com decote profundo e aplicações florais por cima — traduzindo o exagero e a ousadia da personagem em sua nova encarnação. A estética é outra, mas a intenção segue a mesma: chamar atenção a qualquer custo. A seguir, confira o comparativo de cinco momentos marcantes da novela:

A cena do casamento de Maria de Fátima também foi marcada pela presença de duas figuras importantes: Odete Roitman e Celina. Em 1988, Beatriz Segall e Nathalia Timberg surgiram com figurinos clássicos e elegantes, dentro da paleta sóbria dos anos 80. Já em 2024, Débora Bloch e Malu Galli interpretam as personagens com um toque de modernidade: Odete veste um look azul claro com uma gola super elegante, enquanto Celina aparece com um vestido vermelho e poderoso. As releituras mantêm a imponência das irmãs.

Um dos momentos mais marcantes de Vale Tudo é quando Raquel, revoltada ao descobrir todas as trapaças de Maria de Fátima, rasga o vestido de noiva da própria filha. Regina Duarte viveu a cena com um visual simples, um vestido florido, enquanto Glória Pires usava um vestido branco clássico, de mangas longas e gola alta. No remake, Thaís Araújo, interpreta Raquel com um figurino mais moderno, regata vermelha e calças jeans, uma peça que a personagem atual está bem acostumada, enquanto Bella Campos surge com um vestido branco, liso e de mangas longas que acaba igualmente destruído pela mãe. A intensidade da cena se mantém, com figurinos atualizados que reforçam o choque do momento.

A briga entre Solange e Maria de Fátima é outro momento inesquecível da trama. Em 1988, Lídia Brondi aparecia com uma blusa cinza com ombreiras e saia complementado com laços no cabelo, sua marca registrada — um look elegante, sóbrio e com força. Em 2024, Alice Wegmann entra em cena com uma releitura bem parecida: calça de alfaiataria com uma camisa branca com gola sobreposta por uma outra preta de botões, num visual que mantém o tom confrontador e reforça a personalidade firme da personagem. A troca de peças é sutil.

O casamento de Aldeíde, personagem vivida por Lília Cabral em 1988, marcou a novela com um visual exuberante: conjunto de blusa (com ombreiras) e saia sutil e casual em um tom claro e complementado apenas com uma flor rosa no cabelo — típico dos anos 80. No remake, a personagem foi interpretada por Karine Telles com um look igualmente impactante, mas com elementos repaginados: o vestido dessa vez é volumoso e com mais detalhes que chamam atenção. Assim como a personagem atual gosta, o look é todo monocromático com vestido e véu de casamento em um tom rosa bebê e com flores e brilho. Apesar de não ser uma releitura fiel, mantém o espírito da personagem, com uma estética atual.