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Publicada em 05/12/2020 às 20:30 | Atualizada em 05/12/2020 às 22:37

Irmãos Russo falam de Cherry, The Gray Man e elogiam Chadwick Boseman: - Ele fez uma das coisas mais corajosas que já vimos

Os diretores participaram de um painel na CCXP Worlds na noite deste sábado, dia 5

Carolina Rocha

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Um dos painéis mais esperados da CCXP Worlds era o dos irmãos Anthony e Joe Russo. Os produtores, que ficaram ainda mais conhecidos após dirigirem os filmes do universo da Marvel, especialmente a franquia Vingadores, participaram do evento na noite deste sábado, dia 5, e falaram sobre os seus novos projetos. O que mais impressionou quem acompanhava o painel era a quantidade de trabalhos futuros dos artistas: além de estarem preparando um novo filme de ação com Chris Pratt, eles também estão trabalhando na adaptação do livro Exit West com Michelle e Barack Obama. Não só isso: os irmãos também estão por trás da minissérie Citadel e têm pelo menos mais oito obras, entre filmes e séries, anunciadas com seus nomes. Quando será que eles dormem, hein?

Com o prestígio que foram conseguindo e construindo ao longo dos anos - e também com a pandemia do novo coronavírus -, os irmãos Russo fizeram um programa especial no Instagram chamado Pizza Film School, onde conversaram sobre a criação de filmes com diferentes profissionais da área. E embora sejam os Russo, os artistas do momento, eles revelaram que voltaram a ser crianças quando conversaram com Mark Hamill, o Luke de Star Wars, no episódio que foi ao ar no dia 26 de junho.

Nós conhecemos tantos atores na nossa vida, e aqueles que sempre nos deixam nervosos é quem nós idealizamos quando crianças. Então quando conhecemos alguém tão icônico quanto Mark, é um momento muito especial. Nós ouviríamos Mark Hamill para sempre, ele contribuiu tanto nas nossas vidas, tanto pessoal, quanto artística, etc. Eu nunca me esquecerei desse momento.

Os diretores elogiaram muito o apoio da Marvel, ressaltaram que o estúdio contribui para a realização de sonhos e que por trás do trabalho pronto, existem muitas pessoas que ralam muito e que estão sempre animadas e comprometidas com o projeto. Uma dessas pessoas era Chadwick Boseman, que morreu em agosto deste ano aos 43 anos de idade, vítima de um câncer no cólon. Anthony elogiou muito o artista, já que realmente via um diferencial nele.

- Ele é um ator incrivelmente dedicado. Todos os atores com quem trabalhos, especialmente no MCU, estão no ague. E Chadwick estava assim, mas ele ainda se destacava pelo seu comprometimento com o que estava fazendo. O nível de comprometimento dele com o personagem consume todos os níveis do ser, ele realmente se torna o personagem. E na primeira performance como Pantera Negra, foi um pouco difícil no começo, principalmente o sotaque africano. E quando ele finalmente pegou o sotaque, ele só falava dessa forma, mesmo fora das câmeras. É muito admirável quando você encontra alguém com esse empenho e isso transparece nas telas. 

Já Joe aproveitou para mencionar o fato de Chadwick ter mantido o seu câncer em segredo do público e dos próprios colegas de trabalho.

- Ele era um grande criador, um grande ser humano. Ele era muito íntegro, muito cuidadoso, artístico, alguém maravilhoso. Ele não era só um ator, era um diretor, ele entendia sobre fazer filmes. E o que ele fez e como ele fez, a maneira como ele lidou com a doença, foi tão corajosa, porque ele colocou isso de lado porque sabia que Pantera Negra era algo histórico. Acho que ele não queria que a doença tirasse o foco do que o Pantera Negra seria para as pessoas. Foi uma das coisas mais corajosas que já vimos alguém fazer.

Depois do estrondoso Vingadores: Ultimato, os diretores fizeram Cherry, filme com Tom Holland e Ciara Bravo. E a escolha por essa história - um médico do exército que sofre de transtorno de estresse pós-traumático e se torna um ladrão de banco em série depois que o vício em drogas o deixa em dívida - não foi por acaso.

- Nós fazemos escolhas muito pessoais. Escolhemos projetos que nos entusiasmam... colecionamos histórias em quadrinhos quando crianças e éramos muito apaixonados pelo entretenimento da grande cultura pop, mas também somos muito apaixonados por histórias menores e mais desafiadoras. Nós crescemos com cineastas autores dos anos 70, assim como todo mundo que ama fazer cinema, e este é um filme que realmente abraça o estilo e o tom de maneiras únicas, avalia Joe.

Infelizmente, os irmãos tiveram um contato com violência e dependência química em seus arredores. Por isso, é realmente uma obra bastante pessoal.

O valor e o benefício de trabalhar com filmes muito comercializados, é que pode surgir uma proposta muito tentadora, e acho que Cherry foi o que nos trouxe de volta. Parecia um filme que deveríamos fazer imediatamente. É uma história de amor, uma história de guerra, de vício em drogas, mas a mais complicada é a do amor. O que sobra para os personagens é a conexão que eles têm um com o outro, e como eles podem prosseguir se apegando a isso, independente de qualquer circunstância desafiadora, apontou Anthony.

Os produtores ainda elogiaram a performance de Tom Holland, a qual se referiram como excepcional.

O filme é sobre o ciclo de vida [de Holland]. Trata-se de um ciclo de vida de 15 anos. E é dividido em capítulos onde cada capítulo é filmado quase como se fosse um filme diferente, mas todos eles estão conectados de uma forma. Mas há um elemento maior nisso... há um realismo mágico em um capítulo, e então um terror absurdo e realismo brutal, e depois um humor ácido, então realmente cobre um amplo escopo de experiências, tanto para o personagem, quanto para o público. Em cada capítulo, fizemos escolhas cinematográficas muito distintas, do figurino à performance, às lentes, ao estilo de trabalho da câmera, à maneira como a câmera se move ao som da música. Esperançosamente, não é uma mudança chocante para o público, mas ela move e leva você a lugares que você não espera de capítulo em capítulo. E quando você junta tudo como um todo, espero que você tenha uma experiência de cinema surpreendente e única. 

Por fim, os artistas falaram de The Gray Man, novo filme para a Netflix com Ryan Gosling e Chris Evans.

O que estamos fazendo em Gray Man, que é diferente, [é que]... não vamos responder a todas as perguntas no primeiro filme. Isso está sendo concebido como uma série de filmes e, novamente, potencialmente ramificando-se. Poderíamos seguir outros personagens, mas não vamos responder a todas as perguntas do filme. Então, você vai terminar o filme, [e] ter uma história completa, mas ainda terá perguntas sobre um universo mais amplo. E eu acho que essa é uma maneira de quebrar um pouco o modelo, é não dar ao público tudo em um filme. Não ter uma narrativa fechada. Ter uma narrativa aberta que seja [como] um capítulo de um livro, esclareceu Joe.

- Gray Man é um filme de espionagem. Para os fãs do Soldado Invernal, The Gray Man é semelhante no sentido de que estamos tentando incorporá-lo em um ambiente muito moderno e atual que estamos enfrentando em um nível global, em termos de redes de espionagem e CIA. Será divertido ver Chris no papel oposto do Capitão América, afirmou Anthony.

Se Chris será o antagonista, Ryan será o mocinho. Mas o longa vai além.

- Para os fãs de ação e de filmes de espionagem, terá muito disso, mas também terão questões muito complexas da sociedade e da política.

O longa começará a ser filmado em janeiro na região de Los Angeles, nos Estados Unidos. Depois, a equipe passará a filmar na Europa. Tomara que ele não demore tanto pra chegar na Netflix, né?

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