Laura Cardoso, que nasceu Laurinda de Jesus Cardoso Balleroni em 13 de setembro de 1927, é um dos nomes mais importantes da teledramaturgia brasileira. Sua carreira começou aos 15 anos de idade, quando tornou-se atriz de radionovelas na Rádio Cosmos, mas em 1952, estreou em sua primeira novela, chamada Tribunal do Coração, na recém-inaugurada TV Tupi. A atriz se dedicou à TV, ao teatro e ao cinema e acumula diversos papeis marcantes.

Depois, fez duas novelas na Band. A primeira foi Ninho de Serpente, em 1982, escrita pelo Jorge Andrade. No mesmo ano atuou em Renúncia, de Geraldo Vietri. Além disso, viveu Shirley no longa Um Casal de Três.

Na emissora, participou de novelas importantes como Um Lugar ao Sol, em 1959, e ídolo de Pano, em 1975. Enquanto trabalhava para a TV Tupi, dedicou-se à Excelsior, Record e TV Cultura. Nesse meio termo, dedicou-se a atuar em filmes como Já não Se Faz Amor como Antigamente e Tiradentes, O Mártir da Independência.

Após dois anos apenas atuando no teatro, Laura estreou na Globo em 1981. Seu primeiro papel na emissora foi como Alda Sampaio em Brilhante, novela de Gilberto Braga.

Em seu retorno à Globo, em 1983, atuou em três novelas do Walther Negrão. A primeira foi Pão-Pão, Beijo-Beijo, em que viveu Donana. Para ela, essa personagem foi linda e até hoje as pessoas comentam de sua atuação. Um ano depois, trabalhou em Livre Para Voar e Fera Radical. Sobre o autor, Laura disse certa vez: - Eu sou amiga e colega do Walther desde o tempo da Tupi. Eu sou pupila do Negrão.

Em 1990, atuou em Rainha da Sucata, novela do Silvio de Abreu. Um ano depois, trabalhou em Felicidade, de Manoel Carlos. Já em 1993, interpretou Isaura Araújo em Mulheres de Areia, mãe das gêmeas Raquel e Ruth, vividas pela Gloria Pires.

Um ano depois, em 1996, dedicou-se em A Viagem. Sobre esse papel, falou: - Eu fazia uma mulher que era possuída pelo espírito. Você sabe que tinha criança que não queria me ver? Tinha medo, juro por Deus. Em 1995, esteve no elenco da segunda versão de Irmãos Coragem, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Sobre esse papel, revelou que nunca antes sentiu tanta emoção. Ela viveu Sinhana na trama: - Essa mãe me deu uma das maiores emoções que eu tive fazendo um personagem. Ela tinha esses filhos, que eram três filhos maravilhosos, e ela tinha um marido, todos camponeses, e teve uma cena em que... em que esse marido morria. E aí o Luiz fez uma cena maravilhosa com um enterro, no fundo, num campo.... Nesse mesmo ainda, viveu a cigana Soraya em Explode Coração.

Em 2003, foi a divertida avó Carmem em Chocolate Com Pimenta, de Walcyr Carrasco. Por fazer uma personagem caipira, Laura contou que as gravações eram, em sua maioria, bem divertidas: - Foi adorável! Teve muita cena que a gente parava a gravação para rir. Dois anos depois, emprestou sua voz para narrar em Hoje É Dia de Maria. Na segunda parte da minissérie, viveu a personagem Senhora dos Dois Mundos.

Em 1996, fez uma pequena participação na série Sai de Baixo da Globo. Depois, fez uma breve passagem pela Record, onde atuou em Vidas Cruzadas, de 2000. Um ano depois, voltou à Globo, onde atuou em A Padroeira. Em 2002, foi a vez dela viver uma imigrante italiana em Esperança: - Eu amei fazer aquela italiana que amava aquela filha, queria que fosse feliz. E e que um dia se veste também de noiva. Outra cena maravilhosa do Luiz Fernando de Carvalho, que fez essa mulher querendo casar. Não casava com ninguém. Era uma loucura dela, era um sonho dela, contou. Nesse mesmo ano, participou de Os Normais. A Diarista e Sob Nova Direção foram outras séries em que atuou brevemente.