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Em 16 de setembro de 2024, o mundo se chocava com a prisão de Sean Diddy Comb, um dos rappers mais famosos e influentes dos Estados Unidos. Por trás dessa notícia, uma série de graves acusações, como tráfico sexual, extorsão, prostituição, agressão e má conduta sexual. Caia por terra o império de um dos maiores magnatas do mundo da música, cujas festas eram frequentadas por quase todas as grandes celebridades mundiais. Dando um salto temporal, nesta quarta-feira, dia 2 de julho de 2025, Diddy foi absolvido de duas das acusações mais graves feitas contra ele.
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No entanto, parece que Diddy não verá as portas da rua por um tempo. Isso porque o cantor foi condenado por dois casos de transporte para fins de prostituição, e pode pegar até dez anos por cada. Com isso, ele precisará esperar pela audiência que definirá a sentença que, segundo a CNN, só acontecerá no dia 3 de outubro. Ainda de acordo com informações da US Magazine, os advogados do rapper teriam solicitado ao juiz para que ele esperasse em liberdade e não na prisão, onde permanece desde o início do caso. Para tanto, ele pagaria uma fiança no valor de um milhão de dólares, cerca de cinco milhões de reais. No entanto, o pedido foi negado. Quer entender como chegamos até aqui? Continue nesta galeria!
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Essa história não pode ser contada sem citar Casandra Ventura, também conhecida como Cassie, ex-namorada de Diddy. Em novembro de 2023, ela entrou com um processo contra o cantor, o acusando de submetê-la a coerção física e estupro nos chamados freak offs, festas promovidas por Diddy que duravam dias e eram movidas pelo uso de drogas. Não muito tempo depois, ela retirou a denúncia ao fazer um acordo com o ex. Mas isso não impediu de encorajar outras pessoas a fazerem suas próprias denúncias contra o magnata.
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Dois meses depois, a situação de Diddy se complicou ainda mais quando um vídeo dele agredindo Cassie foi publicado. As imagens são do dia 5 de março de 2016 e mostram o cantor arrastando a namorada pelos cabelos nos corredores de um hotel em Los Angeles, nos Estados Unidos. A mulher parece estar tentando fugir do rapper, mas é pega por ele a força.
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Com a queda de Diddy, famosos próximos a ele passaram a temer terem seus nomes envolvidos em possíveis crimes. Isso aconteceu, por exemplo, com Jay-Z. Uma mulher, que não teve a identidade revelada, acusou a dupla de cantores de tê-la estuprado quando ela tinha apenas 13 anos de idade. Segundo a vítima, o crime teria acontecido no after party do VMA nos anos 2000. Tanto Jay-Z quanto Combs negaram veementemente as acusações. Em fevereiro de 2025, a mulher retirou a denúncia.
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A situação logo saiu de controle, e com a prisão do rapper surgiram inúmeros relatos e denúncias de crimes que teriam acontecido nas festas promovidas pelo cantor. No julgamento, que teve início no dia 12 de maio de 2025, Capricorn Clark, uma ex-assistente de Diddy, relatou uma série de ameaças, abusos psicológicos e episódios de intimidação. Segundo o TMZ, no décimo dia de depoimentos, ela contou sobre uma suposta ameaça de morte feita por Diddy logo no primeiro dia de trabalho na gravadora Bad Boy Records, em 2004. Ela teria sido levada por Diddy e um de seus seguranças ao Central Park. Lá, o rapper teria dito que, caso algo saísse errado, ele precisaria matá-la. De acordo com ela, a ameaça foi motivada pelo fato de ela ter trabalhado anteriormente para seus rivais da Death Row Records, ligados a Suge Knight. Ela relembra também que passou por um interrogatório de cinco dias com detector de mentiras em um prédio em ruínas por conta de joias de Diddy desaparecidas. Na ocasião, ele afirmou que ela acabaria em um rio se descobrissem que ela havia roubado as joias. Ao ser constatado que Capricorn não tinha envolvimento, ele a deixou ir.
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O julgamento de Diddy durou mais de um mês, e contou com depoimentos de 34 pessoas. Neste primeiro momento, o cantor estava sendo julgado por cinco crimes, sendo dois casos de tráfico sexual por força, fraude ou coerção, dois por transporte para se envolver em prostituição e um de extorsão. Os promotores defenderam a ideia de que o artista teria usado sua posição de magnata da música e dos negócios para exercer abusos, ameaças e coerção ao longo de mais de vinte anos, especialmente contra mulheres. Testemunhas afirmam que ele se valeu do próprio império empresarial como um aparato de extorsão, criando um sistema capaz de viabilizar e esconder crimes diversos.
Por outro lado, a defesa de Diddy sustentava que ele estava sendo alvo de um processo marcado por exagero e distorções, no qual sua vida pessoal — incluindo o uso recreativo de drogas e um estilo de vida voltado ao sexo consensual — teria sido indevidamente criminalizada. As acusações abrangem episódios ocorridos entre 2004 e 2024, período em que as alegações apontam para um padrão contínuo de má conduta.
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Os jurados chegaram a um veredito completo no dia 2 de julho, após cerca de três dias de deliberações. Com isso, os 12 civis que analisaram o caso o consideraram inocente das acusações de tráfico sexual e extorsão, os crimes mais graves apontados a ele. Apesar de ter sido condenado nos dois casos de prostituição e poder pegar até dez anos de prisão por cada, os advogados do cantor teriam ficado felizes com resultado - segundo informações da revista People. Embora a vitória seja significativa, visto se tratar de julgamento federal de alto nível, Diddy ainda enfrenta dezenas de outros processos por má conduta sexual, que ainda aguardam um resultado.
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