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Publicada em 29/03/2012 às 01:00 | Atualizada em 08/05/2015 às 06:36

Smash supera comparações com Glee e faz homenagem à Broadway

Vana Medeiros

Não é Glee. Antes que esta crítica comece é bom que se afaste todas as comparações entre Smash, a nova série musical do canal NBC, e Glee, o programa que ressuscitou o gênero nos Estados Unidos e tem dado à Fox montanhas de popularidade deste 2009.

Smash é musical, mas é para adultos. Glee usa as canções e as coreografias para conquistar o público infantil. Smash não faz uso das músicas para contar sua história, como Glee, mas as toma como linguagem, e a incorpora como uma grande homenagem à Broadway, o paraíso dos fãs de musicais.

O tema, aliás, é exatamente o bairro temático de Nova York. O seriado conta a história de uma montagem de espetáculo, desde a concepção da ideia até a estreia, passando por etapas como a composição das músicas, a escolha do elenco e a contratação do diretor.

Debra Messing - a Grace de Will & Grace - é aqui Julia Houston, uma produtora de teatro workaholic que promete ao marido que vai tirar férias de um ano para que os dois possam se dedicar a adotar outro filho. Mas, quando seu melhor amigo e parceiro de trabalho, Tom Levitt, chega com a ideia de adaptar a vida de Marilyn Monroe para os palcos, Julia não consegue resistir e volta a trabalhar no showbizz.

O processo começa daí, e a primeira etapa é a escolha da protagonista. Katherine McPhee vive Karen, a iniciante que tenta uma oportunidade de provar seu talento. Do outro lado do ringue está Megan Hilty no papel de Ivy, atriz com experiência de palco que não vê a hora de conseguir sua grande chance de ser protagonista.

O maior pecado da produção é exatamente sua estrela - o tema. No ano em que a morte de Norma Jean, mais conhecida como Marilyn, completa quatro décadas, o tema pode ainda atrair a atenção de todos os públicos, principalmente o masculino. Mas isso não livra os produtores de estarem trabalhando com um dos maiores clichês do showbizz. O tema é tão batido que a própria série reconhece isso. Em uma das cenas, numa tentativa de se justificar, os roteiristas encaixam a ideia de que Marilyn não é original, mas dão a entender que isso é que vai fazer da montagem um desafio maior e excitante.

O argumento não convence. O brilho do piloto está nas cenas musicais, com destaque para as atrizes principais, mas passa longe da ideia de que Marilyn ainda renda algo de original. O plot, no entanto, pode ser melhor desenvolvido com o tempo, e, pela competência demonstrada neste primeiro episódio, não é impossível que os roteiristas arranquem algum frescor do assunto limitado.

No momento em que consegue se fazer vista grossa para as perucas loiras e os decotes exuberantes, no entanto, Smash consegue o que parecia impossível - ser levada a sério. Desde que a proposta surgiu, ficou bastante claro que o intuito era aproveitar a demanda por musicais na esteira de Glee. E, o histórico é cruel, programas que costumam nascer da ganância das emissoras não caem facilmente no gosto dos críticos. Mas, a julgar pela recepção calorosa da imprensa norte-americana e a competência da produção, não há quem não esteja disposto a pagar por este ingresso.

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<i>Smash</i> supera comparações com <i>Glee</i> e faz homenagem à Broadway

Smash supera comparações com Glee e faz homenagem à Broadway

26/Abr/

Não é Glee. Antes que esta crítica comece é bom que se afaste todas as comparações entre Smash, a nova série musical do canal NBC, e Glee, o programa que ressuscitou o gênero nos Estados Unidos e tem dado à Fox montanhas de popularidade deste 2009.

Smash é musical, mas é para adultos. Glee usa as canções e as coreografias para conquistar o público infantil. Smash não faz uso das músicas para contar sua história, como Glee, mas as toma como linguagem, e a incorpora como uma grande homenagem à Broadway, o paraíso dos fãs de musicais.

O tema, aliás, é exatamente o bairro temático de Nova York. O seriado conta a história de uma montagem de espetáculo, desde a concepção da ideia até a estreia, passando por etapas como a composição das músicas, a escolha do elenco e a contratação do diretor.

Debra Messing - a Grace de Will & Grace - é aqui Julia Houston, uma produtora de teatro workaholic que promete ao marido que vai tirar férias de um ano para que os dois possam se dedicar a adotar outro filho. Mas, quando seu melhor amigo e parceiro de trabalho, Tom Levitt, chega com a ideia de adaptar a vida de Marilyn Monroe para os palcos, Julia não consegue resistir e volta a trabalhar no showbizz.

O processo começa daí, e a primeira etapa é a escolha da protagonista. Katherine McPhee vive Karen, a iniciante que tenta uma oportunidade de provar seu talento. Do outro lado do ringue está Megan Hilty no papel de Ivy, atriz com experiência de palco que não vê a hora de conseguir sua grande chance de ser protagonista.

O maior pecado da produção é exatamente sua estrela - o tema. No ano em que a morte de Norma Jean, mais conhecida como Marilyn, completa quatro décadas, o tema pode ainda atrair a atenção de todos os públicos, principalmente o masculino. Mas isso não livra os produtores de estarem trabalhando com um dos maiores clichês do showbizz. O tema é tão batido que a própria série reconhece isso. Em uma das cenas, numa tentativa de se justificar, os roteiristas encaixam a ideia de que Marilyn não é original, mas dão a entender que isso é que vai fazer da montagem um desafio maior e excitante.

O argumento não convence. O brilho do piloto está nas cenas musicais, com destaque para as atrizes principais, mas passa longe da ideia de que Marilyn ainda renda algo de original. O plot, no entanto, pode ser melhor desenvolvido com o tempo, e, pela competência demonstrada neste primeiro episódio, não é impossível que os roteiristas arranquem algum frescor do assunto limitado.

No momento em que consegue se fazer vista grossa para as perucas loiras e os decotes exuberantes, no entanto, Smash consegue o que parecia impossível - ser levada a sério. Desde que a proposta surgiu, ficou bastante claro que o intuito era aproveitar a demanda por musicais na esteira de Glee. E, o histórico é cruel, programas que costumam nascer da ganância das emissoras não caem facilmente no gosto dos críticos. Mas, a julgar pela recepção calorosa da imprensa norte-americana e a competência da produção, não há quem não esteja disposto a pagar por este ingresso.