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Publicada em 09/04/2018 às 16:14 | Atualizada em 09/05/2018 às 08:49

Por medo de preconceito, Glória Maria hesitou trabalhar na TV: - Eu não tinha coragem

Mesmo assim, ela diz que busca não se privar daquilo que quer

Da Redação

Divulgação

Com uma longa carreira jornalística, Glória Maria contou em entrevista para a Folha de São Paulo sobre suas experiências na profissão e histórias de sua vida.  Atualmente  a jornalista trabalha no Globo Repórter, onde ela tem a chance de mostrar ao público a cultura dos mais diversos países e vivenciar momentos únicos, como quando ela pulou do maior Bungee Jump do mundo, na China.

Eu sempre penso no extremo. Tem duas opções: se eu não pular, não vou saber como é; se eu pular, o máximo que vai acontecer vai ser morrer. E, pelo menos, eu vou morrer em glória!

Ela contou que quando passou dois anos, entre 2008 e 2010, longe das câmeras, um amigo a convidou para fazer trabalho voluntário na Índia, e na hora ela aceitou.

- Fiquei lá dois meses, cuidando de monge, mendigo, servindo de joelhos, e depois de dez dias resolvi trabalhar com crianças também. Foi um sonho, foi maravilhoso.

Depois disso, ela passou um período na Nigéria para cuidar de crianças, mas por ser um local extremamente violento, Glória Maria contou que não aguentou ficar lá e acabou voltando ao Brasil antes do previsto e decidiu que precisava fazer algo no país. Ela então resolveu ir trabalhar em abrigos na Bahia, onde conheceu as meninas que, tempo depois, seriam suas filhas. Assim que as conheceu, Glória conta que foi amor à primeira vista. Ela passou um mês e meio trabalhando com todas as crianças do abrigo e depois disso quis saber mais sobre as meninas que havia conhecido logo que chegou.

- Eu pedi pra verem como elas foram parar lá. Quando estavam procurando as fichas, viram que essas duas eram irmãs de pai e mãe. E ninguém sabia no abrigo. Aí eu falei: Elas são minhas mesmo.

Depois de um ano lidando com questões judiciais, Glória conseguiu adotar as meninas.

A jornalista também falou sobre o preconceito vivido por ela na profissão. Ela conta que começou a trabalhar durante a Ditadura Militar, e foi a primeira negra a aparecer na televisão. 

- Eu não tinha coragem, demorei muito porque tinha medo da reação das pessoas. Só tem branco na televisão, aí vai aparecer eu? Eu tive que fazer trabalho com psicólogo e de voz porque eu tinha medo da reação das pessoas.

Apesar disso, ela diz que busca não se privar daquilo que quer.

- Minha vó me ensinou uma coisa, a mais importante, desde pequenininha: Você tem que ser livre. Porque a nossa história é uma história de escravidão. A minha vida é ser livre. Não há nada, nem casamento, nem trabalho… Só filho, talvez, agora, é que tira um pouco minha liberdade. Mas o resto, não.

Aproveitando, confira a seguir os momentos mais inacreditáveis de Glória Maria!


E um momento memorável da vida da apresentadora parece que ficará apenas na memória dela, já que o público não teve acesso, mas mesmo assim se tornou inacreditável pelo feito. Em entrevista ao ESTRELANDO, ela relatou como foi o encontro com Silvio Santos, dono do SBT. Glória esteve entre uma das poucas pessoas que conseguiu passar um dia com o apresentador e conseguiu realizar esse sonho por uma causa nobre! - Eu comprei lá no leilão do Instituto Neymar, tinham vários lotes e um deles era passar um dia no SBT e conhecer o Silvio Santos. O Silvio trabalhou anos na TV Globo, logo que eu entrei. Só que ele já era o Silvio e eu não era nada. Então, eu tinha um sonho de conhecer ele pessoalmente. Aí, comprei, fui lá e foi, realmente, maravilhoso, maravilhoso. Ele foi… Nossa! Muito mais do que eu imaginava!, contou ela. A jornalista também explicou o motivo de não ter registrado o encontro com Silvio: - Eu tinha um acordo, claro, eu não podia ir lá, participar do programa, aquelas coisas todas… Aí, a gente fez um acordo, eu vou, mas não posso aparecer em nenhum conteúdo… Ele foi maravilhoso, maravilhoso. E a gente ficou lá, juntos o tempo inteiro, foi lindo.
  • Divulgação -
    @gloriamariareal

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Por medo de preconceito, Glória Maria hesitou trabalhar na TV: <i>- Eu não tinha coragem</i>

Por medo de preconceito, Glória Maria hesitou trabalhar na TV: - Eu não tinha coragem

Mesmo assim, ela diz que busca não se privar daquilo que quer

09/Abr/2018

Da Redação

Com uma longa carreira jornalística, Glória Maria contou em entrevista para a Folha de São Paulo sobre suas experiências na profissão e histórias de sua vida.  Atualmente  a jornalista trabalha no Globo Repórter, onde ela tem a chance de mostrar ao público a cultura dos mais diversos países e vivenciar momentos únicos, como quando ela pulou do maior Bungee Jump do mundo, na China.

Eu sempre penso no extremo. Tem duas opções: se eu não pular, não vou saber como é; se eu pular, o máximo que vai acontecer vai ser morrer. E, pelo menos, eu vou morrer em glória!

Ela contou que quando passou dois anos, entre 2008 e 2010, longe das câmeras, um amigo a convidou para fazer trabalho voluntário na Índia, e na hora ela aceitou.

- Fiquei lá dois meses, cuidando de monge, mendigo, servindo de joelhos, e depois de dez dias resolvi trabalhar com crianças também. Foi um sonho, foi maravilhoso.

Depois disso, ela passou um período na Nigéria para cuidar de crianças, mas por ser um local extremamente violento, Glória Maria contou que não aguentou ficar lá e acabou voltando ao Brasil antes do previsto e decidiu que precisava fazer algo no país. Ela então resolveu ir trabalhar em abrigos na Bahia, onde conheceu as meninas que, tempo depois, seriam suas filhas. Assim que as conheceu, Glória conta que foi amor à primeira vista. Ela passou um mês e meio trabalhando com todas as crianças do abrigo e depois disso quis saber mais sobre as meninas que havia conhecido logo que chegou.

- Eu pedi pra verem como elas foram parar lá. Quando estavam procurando as fichas, viram que essas duas eram irmãs de pai e mãe. E ninguém sabia no abrigo. Aí eu falei: Elas são minhas mesmo.

Depois de um ano lidando com questões judiciais, Glória conseguiu adotar as meninas.

A jornalista também falou sobre o preconceito vivido por ela na profissão. Ela conta que começou a trabalhar durante a Ditadura Militar, e foi a primeira negra a aparecer na televisão. 

- Eu não tinha coragem, demorei muito porque tinha medo da reação das pessoas. Só tem branco na televisão, aí vai aparecer eu? Eu tive que fazer trabalho com psicólogo e de voz porque eu tinha medo da reação das pessoas.

Apesar disso, ela diz que busca não se privar daquilo que quer.

- Minha vó me ensinou uma coisa, a mais importante, desde pequenininha: Você tem que ser livre. Porque a nossa história é uma história de escravidão. A minha vida é ser livre. Não há nada, nem casamento, nem trabalho… Só filho, talvez, agora, é que tira um pouco minha liberdade. Mas o resto, não.

Aproveitando, confira a seguir os momentos mais inacreditáveis de Glória Maria!