Claudia Jimenez estreou no último domingo, dia 2, na série Infratores, exibida no Fantástico, na qual ela interpreta uma professora de autoescola. Mas na vida real, ela quer distância da função de motorista, como conta em entrevista para a Folha:

- Coloquei um motorista depois que eu tive um infarto. Achei melhor do que ficar me aborrecendo no trânsito. Não esperava que me chamassem para um programa que fosse falar de uma coisa tão séria que é a morte, trânsito. Mas o humor toca as pessoas.

A atriz começou a carreira cedo. Aos 13 anos de idade já fazia teatro, e conta que adora a parte do humor:

- É o que eu sei fazer de melhor. Me considero uma comediante. Na TV, eu gostaria de ter algum diretor que bancasse um projeto diferente do humor que eu sempre fiz. Um personagem que fosse tragicômico. Para mostrar que eu também posso. Em teatro já pude experimentar outras coisas, mas na televisão o humor sempre foi meu chão.

Claudia também falou sobre a cobrança para ser engraçada o tempo todo, mas que hoje em dia, isso não é mais algo que a incomoda: 

- Não preciso mais seduzir ninguém. Não dependo mais da opinião do outro. Raramente alguém faz algum comentário que me incomoda. Sofri coisas que fazem amadurecer na porrada. Tive câncer, operei o coração duas vezes, coloquei marca-passo. Isso vai fazendo de você outra pessoa. Não quero fingir, porque quando passei isso tudo, eu ainda fingia que era a gordinha simpática, alegre.

Quanto aos seus papéis, a atriz havia sido escalada para estar em Deus Salve o Rei neste ano, mas abandonou a gravação por conta de uma enxaqueca:

- Eu tive uma enxaqueca no dia da filmagem. Ficou impossível para mim. Mas tudo o que eu tenho agora as pessoas remetem aos problemas de saúde que já tive. Não posso ter uma enxaqueca, uma dor de barriga, que já acham que eu estou morrendo outra vez. Me cuido. Estou ótima. Melhor do que alguém que nem sabe como o coração está. Eu sei tudo do meu.

A atriz foi casada entre 1998 e 2008 com a personal Stella Torreão, e conta que pensou em ter um filho com ela na época em que estavam juntas, mas hoje em dia descarta a ideia:

- Perdi esse bonde. Pensei em ter um com a Stella quando estávamos juntas. Ela seria a barriga. Mas a coisa foi rolando e acabou que não aconteceu. Aí uma época pensei em adotar. Mas tive essas complicações de saúde e hoje não posso pegar uma criança no colo, pelo meu problema cardíaco. A vida me deu algumas limitações que eu tenho que aceitar.

Já em relação a namorar novamente, ela declara:

- Tanto posso me apaixonar por uma mulher como por um homem. Todo mundo pode. A Stella não foi a primeira, eu já tinha namorado outras. Só não posso falar o nome para não expor, porque são pessoas conhecidas.

Claudia também ressaltou que nunca agiu como se ser homossexual fosse algo ruim:

- Nunca escondi nada. Não se falava nesse assunto, mas as minhas namoradas frequentavam a minha casa e a minha mãe as tratava super bem. Tudo normal. Nunca achei que isso fosse um problema, uma diferença. Isso fazia parte de mim. Aconteceu e eu fui viver. Te juro pelo meu marca-passo. E se eu jurar por ele, pode saber que é verdade.