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Publicada em 24/07/2020 às 09:55 | Atualizada em 24/07/2020 às 11:48

Repórter que já apresentou Jornal Nacional diz que foi demitida após denunciar assédio de chefe, diz colunista

O colunista Leo Dias entrevistou Ellen Ferreira, que trabalhava em uma filiada da Rede Globo

Da Redação

Divulgação-TV Globo

A repórter Ellen Ferreira alegou ter sido demitida da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima, após denunciar assédio. Segundo o colunista Leo Dias, ela voltou ao trabalho na última quinta-feira, dia 23, depois de passar cerca de 20 dias afastada por ter contraído a Covid-19, porém, ao ser recepcionada, recebeu o aviso de sua demissão.

Em entrevista ao colunista, Ellen, que chegou a apresentar o Jornal Nacional em outubro de 2019, afirmou que a direção da emissora justificou o desligamento em decorrência de reestruturações . Porém, para ela, o motivo envolve sua denúncia de assédio contra um diretor de jornalismo.

Segundo ela, o chefe tinha comportamento homofóbico, racista, gordofóbico e praticava assédio moral e sexual.

- Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico. Praticava assédio moral e sexual, deixou toda a equipe doente. 

Ellen contou que chegou a desenvolver uma crise de ansiedade este ano por conta da relação que mantinha com o superior:

- Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele.

A jornalista afirmou que a situação chegou a ficar insustentável, pois não recebeu qualquer apoio de outros chefes dentro da Rede Amazônica, o que a levou a mandar um e-mail para Ali Kamel, diretor de jornalismo da Rede GloboEla acredita que isso também ajudou a fazer com que seu nome ficasse cotado para demissão.

A publicação ainda afirma que, além de Ellen, outros jornalistas também acusaram o chefe de assédio. Juntos, eles criaram um dossiê que foi enviado ao Sindicato dos Jornalistas de Roraima (Sinjoper). De acordo com ela, a pressão causada pelos relatos foi tanta que o jornalista foi demitido da Rede Amazônica em 29 de junho.

Ainda assim, Ellen acredita que a influência dele foi mantida e, por isso, ela acabou sendo demitida. 

- Meu sonho foi interrompido. Eu estava escalada para apresentar o Jornal Nacional mais duas vezes esse ano, mas foi adiado por conta da pandemia. Agora, estou demitida, contou ela, que ficou na emissora de 2011 a 2015 e voltou de 2018 a 2020. 

No entanto, Ellen não se arrepende de ter feito a denúncia.

- Eu lutei por uma equipe. Fiz o que foi necessário para acabar com aquela palhaçada e faria de novo. Acabaram com meu sonho, mas eu tenho saúde e vou conseguir me recuperar, finalizou. 

Procurara pelo ESTRELANDO, à Comunicação da Globo declarou:

As afiliadas da Globo comungam dos mesmos princípios editoriais mas são empresas independentes. O diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, ao receber email da jornalista Ellen Ferreira, entrou imediatamente em contato com o setor de afiliadas para que a queixa fosse transmitida à Rede Amazônica. A Globo reitera que o respeito é um valor fundamental do seu Código de Ética. A empresa repudia qualquer tipo de assédio ou preconceito, que não são tolerados no ambiente de trabalho em nenhuma hipótese. Os esclarecimentos sobre o que ocorreu depois devem ser dados pela afiliada.

A seguir, relembre os artistas que deixaram a TV Globo!


Outro que abriu o jogo sobre sua situação no canal foi Pedro Cardoso. Mais conhecido por ter interpretado por 13 anos Agostinho em A Grande Família, o ator disse o seguinte em entrevista ao programa de rádio Pânico: - Eu achava que a TV Globo me ofereceria um horário para eu desenvolver um projeto autoral. Tiveram o mais absoluto desprezo pelo meu trabalho lá dentro. Por isso que meu contrato durou apenas mais um ano e acabou.

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Repórter que já apresentou <i>Jornal Nacional</i> diz que foi demitida após denunciar assédio de chefe, diz colunista

Repórter que já apresentou Jornal Nacional diz que foi demitida após denunciar assédio de chefe, diz colunista

O colunista Leo Dias entrevistou Ellen Ferreira, que trabalhava em uma filiada da Rede Globo

24/Jul/2020

Da Redação

A repórter Ellen Ferreira alegou ter sido demitida da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima, após denunciar assédio. Segundo o colunista Leo Dias, ela voltou ao trabalho na última quinta-feira, dia 23, depois de passar cerca de 20 dias afastada por ter contraído a Covid-19, porém, ao ser recepcionada, recebeu o aviso de sua demissão.

Em entrevista ao colunista, Ellen, que chegou a apresentar o Jornal Nacional em outubro de 2019, afirmou que a direção da emissora justificou o desligamento em decorrência de reestruturações . Porém, para ela, o motivo envolve sua denúncia de assédio contra um diretor de jornalismo.

Segundo ela, o chefe tinha comportamento homofóbico, racista, gordofóbico e praticava assédio moral e sexual.

- Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico. Praticava assédio moral e sexual, deixou toda a equipe doente. 

Ellen contou que chegou a desenvolver uma crise de ansiedade este ano por conta da relação que mantinha com o superior:

- Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele.

A jornalista afirmou que a situação chegou a ficar insustentável, pois não recebeu qualquer apoio de outros chefes dentro da Rede Amazônica, o que a levou a mandar um e-mail para Ali Kamel, diretor de jornalismo da Rede GloboEla acredita que isso também ajudou a fazer com que seu nome ficasse cotado para demissão.

A publicação ainda afirma que, além de Ellen, outros jornalistas também acusaram o chefe de assédio. Juntos, eles criaram um dossiê que foi enviado ao Sindicato dos Jornalistas de Roraima (Sinjoper). De acordo com ela, a pressão causada pelos relatos foi tanta que o jornalista foi demitido da Rede Amazônica em 29 de junho.

Ainda assim, Ellen acredita que a influência dele foi mantida e, por isso, ela acabou sendo demitida. 

- Meu sonho foi interrompido. Eu estava escalada para apresentar o Jornal Nacional mais duas vezes esse ano, mas foi adiado por conta da pandemia. Agora, estou demitida, contou ela, que ficou na emissora de 2011 a 2015 e voltou de 2018 a 2020. 

No entanto, Ellen não se arrepende de ter feito a denúncia.

- Eu lutei por uma equipe. Fiz o que foi necessário para acabar com aquela palhaçada e faria de novo. Acabaram com meu sonho, mas eu tenho saúde e vou conseguir me recuperar, finalizou. 

Procurara pelo ESTRELANDO, à Comunicação da Globo declarou:

As afiliadas da Globo comungam dos mesmos princípios editoriais mas são empresas independentes. O diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, ao receber email da jornalista Ellen Ferreira, entrou imediatamente em contato com o setor de afiliadas para que a queixa fosse transmitida à Rede Amazônica. A Globo reitera que o respeito é um valor fundamental do seu Código de Ética. A empresa repudia qualquer tipo de assédio ou preconceito, que não são tolerados no ambiente de trabalho em nenhuma hipótese. Os esclarecimentos sobre o que ocorreu depois devem ser dados pela afiliada.

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