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Publicada em 26/07/2022 às 00:00 | Atualizada em 26/07/2022 às 10:56

Daniel Rocha fala sobre o filme A Queda e relembra relação com avós: - Eu quase não os via quando eu era criança e adolescente

O longa estreou no início de julho

Livia Veiga

Montagem-Divulgação

É thriller nacional que você quer? Então é exatamente isso que A Queda promete! O filme, dirigido por Diego Rocha e estrelado por Daniel Rocha e Gracindo Júnior, estreou no início de julho e está disponível para o público em pouquíssimos cinemas das grandes cidades contando a história de Beto, interpretado por Daniel Rocha, um fotógrafo forense de 30 anos de idade que cuida de seu avô, Gera, vivido por Gracindo Júnior. O longa explora a relação entre o avô e o neto, a distância entre as gerações e a dificuldade de Beto em encarar a possível morte de Gera. Festivais como Los Angeles Brazilian Filme Festival, London Independent Film Festival e Seattle Latino Film Festival tiveram o nome do filme na lista de competidores e entendeu a importância da produção nacional, já que no Brasil, o gênero do suspense é bastante raro de ser explorado.

Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Daniel revelou que o longa foi feito com um baixo orçamento, mas garante que isso não afetou nem um pouco a qualidade da história.

- A gente fez um filme BO, né? Baixo orçamento total, não é um filme caro. Mas, eu gosto daqueles filmes que a gente vê e fala: Nossa é trabalho de um bom ator e um bom roteiro, e aí a gente vê que um filme a gente precisa de um bom ator e um bom roteiro, e uma direção competente, claro, começou o ator. 

- E a gente começou a ir para os festivais de cinema independente em Seattle e na Europa. E vieram as críticas entendendo, como era novo para eles também ver um filme brasileiro nesse gênero. Isso surpreendia os críticos de cinema, os nossos filmes são muito bem vistos lá fora, mas dessa vez eles estavam vendo um outro tipo de filme. Foi super bem recebido, as críticas foram muito legais, muito positivas.

Nesta terça-feira, dia 26, se comemora o Dia dos Avós e Daniel contou um pouco sobre como ele se preparou para viver Beto. O ator disse que assistiu muitos filmes do gênero thriller para entender como seriam as gravações e montar toda a personalidade do Beto. Os Suspeitos, um longa de 2013 estrelado por Jake Gyllenhaal e Hugh Jackman, foi uma das maiores referências para o artista.

- Eu adoro esse filme, porque é um filme de suspense policial e investigação criminal, não sobre uma morte, mas sobre desaparecimentos e eventualmente eles descobrem algumas mortes. Então eu assisti bastante esse filme, foi um filme de bastante referência. E eu gosto também de O Abutre, também do Jack Gyllenhaal que é um cara que faz uma investigação de acidentes e casos de assassinatos.

E falando em personalidade, Daniel também revelou que entre ele e o fotógrafo forense a única semelhança é a idade. O ator completará 32 anos de idade no final do ano e brinca que, por causa de seu signo, sagitário, ele e Beto não são nada parecidos.

O Beto é muito estranho, ele é um cara muito estranho, ele é estranho porque é uma pessoa super correta, careta até dizer chega, não bebe, não fuma, não faz nada e eu fiz ele com um tique nervoso que eu copiei de um amigo da escola na infância. Ele é um cara metódico, certinho, super profissional. Ele é um cara bem diferente de mim, eu sou sagitariano, eu sou livre, quero sair, viajar... O Beto pelo contrário, ele gosta da mesmice, ele gosta de ficar em casa, cuidar do avô e ele não quer mudar isso tão cedo.

A vontade de que não haja mudanças é o que faz com que Beto fique obcecado por um caso de, supostamente, suicídio de um idoso. Ao longo do filme, o personagem de Daniel, Beto, enfrenta muitos questionamentos e medos, principalmente de perder o avô, Gera. O ator contou que também precisou assistir a filmes como Amour, um longa francês sobre a terceira idade, para criar um relacionamento com um avô que ele não teve muito ao longo de sua vida. Daniel revelou ao ESTRELANDO que seus avós moravam em outra cidade durante sua infância e por isso ele chegava a ter até ciúmes de outros colegas que podiam ter essa relação com os mais velhos.

- O Beto foi criado pelo avô e pela avó, e eu quase não via meus avós quando eu era criança e adolescente, então eu até invejava os meus amigos quando eu fazia trabalho de escola e tinha aquela avó que estava na casa deles fazendo o almoço e cuidando da gente, porque as vezes os pais trabalhavam e eu não tinha isso na minha família. Então eu tive que construir essa relação com um avô que eu nunca tive. Eles moram em outra cidade, é claro que tinha um amor, o carinho, mas não foi aquela coisa paulista, que os avós estão perto ajudando a criar a família.

Outra diferença entre Daniel e Beto é a forma como eles lidam com a possibilidade em perder alguém que amam. Enquanto o fotógrafo forense se preocupa e deseja que isso nunca aconteça, Daniel contou que desde o início da pandemia ele começou a ter essa preocupação, mas aprendeu a aproveitar os bons momentos que ainda pode ter com os familiares. Vivendo entre a carreira estabelecida no Rio de Janeiro e a casa dos pais em São Paulo, o ator disse que tenta curtir ao máximo as experiências que ainda pode ter com o pai.

- Eu não pensava nisso, mas de um tempo para cá eu vejo meus pais envelhecerem, como eu não tinha visto. Mas eu lembro que eu mergulhava com o meu pai, ele mergulhava super bem. Hoje em dia eu tenho que ajudar ele a vestir todo o equipamento, carregar ele, pegar os cintos que são pesados, basicamente fazer o meu e o dele. A idade está chegando para eles e cada vez mais eu tenho sentido a necessidade de conseguir curtir esse momento que eles ainda estão bem para a gente fazer várias coisas juntos, porque eu não sei quanto tempo pode durar isso.

Surgiu a curiosidade sobre o filme A Queda? A seguir, confira o trailer!


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Daniel Rocha fala sobre o filme <i>A Queda</i> e relembra relação com avós: - <i>Eu quase não os via quando eu era criança e adolescente</i>

Daniel Rocha fala sobre o filme A Queda e relembra relação com avós: - Eu quase não os via quando eu era criança e adolescente

05/Mai/

É thriller nacional que você quer? Então é exatamente isso que A Queda promete! O filme, dirigido por Diego Rocha e estrelado por Daniel Rocha e Gracindo Júnior, estreou no início de julho e está disponível para o público em pouquíssimos cinemas das grandes cidades contando a história de Beto, interpretado por Daniel Rocha, um fotógrafo forense de 30 anos de idade que cuida de seu avô, Gera, vivido por Gracindo Júnior. O longa explora a relação entre o avô e o neto, a distância entre as gerações e a dificuldade de Beto em encarar a possível morte de Gera. Festivais como Los Angeles Brazilian Filme Festival, London Independent Film Festival e Seattle Latino Film Festival tiveram o nome do filme na lista de competidores e entendeu a importância da produção nacional, já que no Brasil, o gênero do suspense é bastante raro de ser explorado.

Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Daniel revelou que o longa foi feito com um baixo orçamento, mas garante que isso não afetou nem um pouco a qualidade da história.

- A gente fez um filme BO, né? Baixo orçamento total, não é um filme caro. Mas, eu gosto daqueles filmes que a gente vê e fala: Nossa é trabalho de um bom ator e um bom roteiro, e aí a gente vê que um filme a gente precisa de um bom ator e um bom roteiro, e uma direção competente, claro, começou o ator. 

- E a gente começou a ir para os festivais de cinema independente em Seattle e na Europa. E vieram as críticas entendendo, como era novo para eles também ver um filme brasileiro nesse gênero. Isso surpreendia os críticos de cinema, os nossos filmes são muito bem vistos lá fora, mas dessa vez eles estavam vendo um outro tipo de filme. Foi super bem recebido, as críticas foram muito legais, muito positivas.

Nesta terça-feira, dia 26, se comemora o Dia dos Avós e Daniel contou um pouco sobre como ele se preparou para viver Beto. O ator disse que assistiu muitos filmes do gênero thriller para entender como seriam as gravações e montar toda a personalidade do Beto. Os Suspeitos, um longa de 2013 estrelado por Jake Gyllenhaal e Hugh Jackman, foi uma das maiores referências para o artista.

- Eu adoro esse filme, porque é um filme de suspense policial e investigação criminal, não sobre uma morte, mas sobre desaparecimentos e eventualmente eles descobrem algumas mortes. Então eu assisti bastante esse filme, foi um filme de bastante referência. E eu gosto também de O Abutre, também do Jack Gyllenhaal que é um cara que faz uma investigação de acidentes e casos de assassinatos.

E falando em personalidade, Daniel também revelou que entre ele e o fotógrafo forense a única semelhança é a idade. O ator completará 32 anos de idade no final do ano e brinca que, por causa de seu signo, sagitário, ele e Beto não são nada parecidos.

O Beto é muito estranho, ele é um cara muito estranho, ele é estranho porque é uma pessoa super correta, careta até dizer chega, não bebe, não fuma, não faz nada e eu fiz ele com um tique nervoso que eu copiei de um amigo da escola na infância. Ele é um cara metódico, certinho, super profissional. Ele é um cara bem diferente de mim, eu sou sagitariano, eu sou livre, quero sair, viajar... O Beto pelo contrário, ele gosta da mesmice, ele gosta de ficar em casa, cuidar do avô e ele não quer mudar isso tão cedo.

A vontade de que não haja mudanças é o que faz com que Beto fique obcecado por um caso de, supostamente, suicídio de um idoso. Ao longo do filme, o personagem de Daniel, Beto, enfrenta muitos questionamentos e medos, principalmente de perder o avô, Gera. O ator contou que também precisou assistir a filmes como Amour, um longa francês sobre a terceira idade, para criar um relacionamento com um avô que ele não teve muito ao longo de sua vida. Daniel revelou ao ESTRELANDO que seus avós moravam em outra cidade durante sua infância e por isso ele chegava a ter até ciúmes de outros colegas que podiam ter essa relação com os mais velhos.

- O Beto foi criado pelo avô e pela avó, e eu quase não via meus avós quando eu era criança e adolescente, então eu até invejava os meus amigos quando eu fazia trabalho de escola e tinha aquela avó que estava na casa deles fazendo o almoço e cuidando da gente, porque as vezes os pais trabalhavam e eu não tinha isso na minha família. Então eu tive que construir essa relação com um avô que eu nunca tive. Eles moram em outra cidade, é claro que tinha um amor, o carinho, mas não foi aquela coisa paulista, que os avós estão perto ajudando a criar a família.

Outra diferença entre Daniel e Beto é a forma como eles lidam com a possibilidade em perder alguém que amam. Enquanto o fotógrafo forense se preocupa e deseja que isso nunca aconteça, Daniel contou que desde o início da pandemia ele começou a ter essa preocupação, mas aprendeu a aproveitar os bons momentos que ainda pode ter com os familiares. Vivendo entre a carreira estabelecida no Rio de Janeiro e a casa dos pais em São Paulo, o ator disse que tenta curtir ao máximo as experiências que ainda pode ter com o pai.

- Eu não pensava nisso, mas de um tempo para cá eu vejo meus pais envelhecerem, como eu não tinha visto. Mas eu lembro que eu mergulhava com o meu pai, ele mergulhava super bem. Hoje em dia eu tenho que ajudar ele a vestir todo o equipamento, carregar ele, pegar os cintos que são pesados, basicamente fazer o meu e o dele. A idade está chegando para eles e cada vez mais eu tenho sentido a necessidade de conseguir curtir esse momento que eles ainda estão bem para a gente fazer várias coisas juntos, porque eu não sei quanto tempo pode durar isso.

Surgiu a curiosidade sobre o filme A Queda? A seguir, confira o trailer!