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Publicada em 21/09/2022 às 00:00 | Atualizada em 20/09/2022 às 16:13

Mariana Xavier fala sobre pressão estética e gordofobia em bate-papo com Zezé Motta: Se amar como você é!

A entrevista para o programa Histórias Inspiradoras vai ao ar nesta quarta-feira, dia 21

Karina Dias

Divulgação

Zezé Motta está simplesmente arrasando com o programa Histórias Inspiradoras que é transmitido pelo canal E! Entertainment e o ESTRELANDO recebeu em primeira mão o episódio que vai ao ar nesta quarta-feira, dia 20, em que Mariana Xavier - que caso você não lembre, a atriz viveu a filha de Paulo Gustavo nos filmes Minha Mãe é Uma Peça, a Marcelina

No bate-papo altamente descontraído, as duas atrizes tratam de falar sobre a positividade corporal ou body positive - como preferirO termo é super usado pelas novas gerações e ele faz questão de pregar a aceitação de todos os corpos, sem exceção, para que ninguém precise se enquadrar em um padrão de beleza. Logo de cara, Zezé Motta comentou que Mariana é referência quando a gente fala sobre aceitação do próprio corpo, mas a atriz deixou claro que nem sempre foi assim.

- Hoje as pessoas acabam tendo uma ideia meio equivocada de que eu fui gorda a vida inteira e muito bem resolvida também a vida inteira. E nem uma coisa é verdade e nem a outra! Até os meus 18 anos [de idade] tinha o meu peso bastante estável. Nunca fui uma pessoa super magra, mas estava ali na média do que se diz muito 'normal'. E depois dessa idade eu comecei a ter algumas oscilações de peso. Imagina, não era nada grandioso... era algo entre dois, três, cinco quilos. Mas aquilo por toda a pressão social e estética que a gente recebe já me parecia um desespero. E aí foi quando eu procurei por médicos que foram completamente irresponsáveis! E só fizeram aumentar a minha neurose. Comecei a tomar remédios e toda vez que eu parava acabava piorando mais! Até que um dia, depois de muito tempo me violentando, eu percebi que eu tinha que lidar de uma forma diferente com as mudanças que tinham acontecido com o meu corpo.

Se você é mulher, deve saber que a autoestima acaba sendo muito envolvida na questão corporal e Mariana Xavier fala sobre isso durante a entrevista.

- Autoestima não é algo para se satisfazer com a própria imagem. Eu falo que é você aprender a se admirar como o conjunto da obra, como o que você é não só fisicamente.

Zezé questiona se a artista já sofreu de gordofobia ou se a pressão estética foi com o que ela mais sofreu mesmo.

- Eu costumo dizer que eu sou uma gorda P porque dentro dos tamanhos de plus size estou nos menores tamanhos. Então na prática eu digo que sofro mais pressão estética do que gordofobia. E são coisas diferentes... pressão estética todo mundo que convive na nossa sociedade sofre e gordofobia estamos falando já de privação de acesso. É uma opressão violenta mesmo!

Foi então quando o termo body positive foi introduzido na conversa. Zezé Motta quis saber se Mariana Xavier é adepta do termo e se ela gosta mesmo de usa-lo.

- Eu acho que essa expressão tem sim o seu valor. É um movimento que fez bem para muita gente que sempre foi ensinada a odiar os seus corpos. É importante as pessoas saberem que elas podem se amar como você é, você não precisa buscar um corpo que não é o seu, que não veio com a sua genética, com seu estilo de vida. Mas tem uma outra expressão que surgiu depois e que eu me identifico mais que é a tal da body neutrality - uma neutralidade corporal. Porque eu acho que muitas vezes essa questão da positividade corporal as vezes periga para você ir para a tal da positividade tóxica. E isso vira quase um peso para quem não consegue amar suas dobras, seu corpo... Só que vai ter parte do meu corpo que realmente não vou amar, mas eu vou aprender a viver com ela de uma maneira bem mais saudável. 

Mariana Xavier relembrou o quanto essa procura por um padrão acabou prejudicando no início de sua carreira como atriz.

- Quando eu parei de brigar com a balança e falei: ok, eu sou uma mulher gorda agora. Tudo bem, esse é o meu corpo agora! Aí as coisas começaram a acontecer. Eu lembro que eu passei por uma situação de uma produtora de elenco falando: seu corpo não está contra você! Existe papel para o seu corpo. E realmente, eu entrei em um nicho só que esse nicho em um determinado momento também começou a me incomodar.

Além disso tudo, a atriz ainda revelou um determinado papel da carreira que se arrependeu de fazer e deixou claro que o que a projetou para o Brasil foi o filme que ela participou ao lado de Paulo Gustavo. 

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Mariana Xavier fala sobre pressão estética e gordofobia em bate-papo com Zezé Motta: Se amar como você é!

28/Abr/

Zezé Motta está simplesmente arrasando com o programa Histórias Inspiradoras que é transmitido pelo canal E! Entertainment e o ESTRELANDO recebeu em primeira mão o episódio que vai ao ar nesta quarta-feira, dia 20, em que Mariana Xavier - que caso você não lembre, a atriz viveu a filha de Paulo Gustavo nos filmes Minha Mãe é Uma Peça, a Marcelina

No bate-papo altamente descontraído, as duas atrizes tratam de falar sobre a positividade corporal ou body positive - como preferirO termo é super usado pelas novas gerações e ele faz questão de pregar a aceitação de todos os corpos, sem exceção, para que ninguém precise se enquadrar em um padrão de beleza. Logo de cara, Zezé Motta comentou que Mariana é referência quando a gente fala sobre aceitação do próprio corpo, mas a atriz deixou claro que nem sempre foi assim.

- Hoje as pessoas acabam tendo uma ideia meio equivocada de que eu fui gorda a vida inteira e muito bem resolvida também a vida inteira. E nem uma coisa é verdade e nem a outra! Até os meus 18 anos [de idade] tinha o meu peso bastante estável. Nunca fui uma pessoa super magra, mas estava ali na média do que se diz muito 'normal'. E depois dessa idade eu comecei a ter algumas oscilações de peso. Imagina, não era nada grandioso... era algo entre dois, três, cinco quilos. Mas aquilo por toda a pressão social e estética que a gente recebe já me parecia um desespero. E aí foi quando eu procurei por médicos que foram completamente irresponsáveis! E só fizeram aumentar a minha neurose. Comecei a tomar remédios e toda vez que eu parava acabava piorando mais! Até que um dia, depois de muito tempo me violentando, eu percebi que eu tinha que lidar de uma forma diferente com as mudanças que tinham acontecido com o meu corpo.

Se você é mulher, deve saber que a autoestima acaba sendo muito envolvida na questão corporal e Mariana Xavier fala sobre isso durante a entrevista.

- Autoestima não é algo para se satisfazer com a própria imagem. Eu falo que é você aprender a se admirar como o conjunto da obra, como o que você é não só fisicamente.

Zezé questiona se a artista já sofreu de gordofobia ou se a pressão estética foi com o que ela mais sofreu mesmo.

- Eu costumo dizer que eu sou uma gorda P porque dentro dos tamanhos de plus size estou nos menores tamanhos. Então na prática eu digo que sofro mais pressão estética do que gordofobia. E são coisas diferentes... pressão estética todo mundo que convive na nossa sociedade sofre e gordofobia estamos falando já de privação de acesso. É uma opressão violenta mesmo!

Foi então quando o termo body positive foi introduzido na conversa. Zezé Motta quis saber se Mariana Xavier é adepta do termo e se ela gosta mesmo de usa-lo.

- Eu acho que essa expressão tem sim o seu valor. É um movimento que fez bem para muita gente que sempre foi ensinada a odiar os seus corpos. É importante as pessoas saberem que elas podem se amar como você é, você não precisa buscar um corpo que não é o seu, que não veio com a sua genética, com seu estilo de vida. Mas tem uma outra expressão que surgiu depois e que eu me identifico mais que é a tal da body neutrality - uma neutralidade corporal. Porque eu acho que muitas vezes essa questão da positividade corporal as vezes periga para você ir para a tal da positividade tóxica. E isso vira quase um peso para quem não consegue amar suas dobras, seu corpo... Só que vai ter parte do meu corpo que realmente não vou amar, mas eu vou aprender a viver com ela de uma maneira bem mais saudável. 

Mariana Xavier relembrou o quanto essa procura por um padrão acabou prejudicando no início de sua carreira como atriz.

- Quando eu parei de brigar com a balança e falei: ok, eu sou uma mulher gorda agora. Tudo bem, esse é o meu corpo agora! Aí as coisas começaram a acontecer. Eu lembro que eu passei por uma situação de uma produtora de elenco falando: seu corpo não está contra você! Existe papel para o seu corpo. E realmente, eu entrei em um nicho só que esse nicho em um determinado momento também começou a me incomodar.

Além disso tudo, a atriz ainda revelou um determinado papel da carreira que se arrependeu de fazer e deixou claro que o que a projetou para o Brasil foi o filme que ela participou ao lado de Paulo Gustavo.