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Publicada em 29/09/2023 às 10:30 | Atualizada em 29/09/2023 às 10:42

Aos 96 anos de idade, Cid Moreira celebra carreira de sucesso e emociona ao lembrar morte da filha: Surgiu a droga e ela não conseguiu

O apresentador conversou com Patrícia Poeta

Da Redação

Divulgação

Nesta sexta-feira, dia 29, Cid Moreira completou 96 anos de idade. Para comemorar o aniversário, o jornalista conversou com Patrícia Poeta sobre a carreira de sucesso e refletiu sobre sua trajetória. O apresentador passou 27 anos no comando do Jornal Nacional e tem orgulho do tempo em que passou na bancada. 

- Eu gosto de tudo o que faço quando eu estou fazendo. Depois quando deixo de fazer, tenho que me conformar. 

Cid fez parte da primeira equipe do jornal, que é exibido desde 1 de setembro de 1969 pela TV Globo.

- Eu fui para a Globo em maio, fui contratado, e em setembro foi para o ar o Jornal Nacional. Eu cheguei, estava uma correria, era o lançamento do jornal e ninguém me falou nada. Surpresa. [...] Quando começou o JN, algumas semanas depois, alguém sugeriu terminar não com notícias tristes, graves, mas com algo leniente. Eu comecei a fazer, foi um sucesso, gostaram. Muita gente me fala que os pais obrigavam os filhos a ficar assistindo ao jornal e diziam: Acabou o jornal, agora vamos para a cama. 

Ao ser questionado se sentia um friozinho na barriga sempre que precisava sentar atrás da bancada do JN, ele respondeu: 

- Sinceramente, não. Eu fui para o rádio como locutor, uma cabine pequena. Os visitantes, quando vinham conhecer a emissora, levavam lá na cabine em que estava o locutor. Quando pintava alguém na cabine, eu começava a tropeçar, mordia a língua, ficava gago. Daí, imagina, o Jornal Nacional, milhões de pessoas. Eu imaginava que só tinha a câmera e mais nada. 

E relembrou como foi dar o seu último boa noite: 

- Eu me senti triste. Sabe que me deram uma raquete, que eu tentei jogar tênis durante muito tempo. Aos 89 não consegui jogar bem e desisti. 

Cid também falou sobre a vez em que recebeu uma dica sobre como cuidar da voz, que cativou o Brasil pelo seu tom grave:

- Uma vez conversando com uma grande cantora que eu apresentava na rádio, a Elizeth Cardoso, ela falou: Eu uso cravo da Índia. Peguei aquele vidro grande de cravo da Índia e comecei a usar. Hoje eu uso com frequência gengibre. 

Além do Jornal Nacional, ele também trabalhou no comando do programa Mister M: 

- Eu fui e gostaram. Foi uma nova fase. Gostei porque era um programa lúdico. 

E gravou uma versão em áudio da Bíblia completa: 

- Eu quando entro em uma jogada é para valer. A Bíblia levei quase sete anos gravando. Eu calculava, gravando a Bíblia na íntegra de Gênesis ao Apocalipse, seriam 120 CDs. Hoje você tem ela toda gravada em MP3, em um CD. 

Refletindo sobre os trabalhos, ele ainda declarou: 

- Na vida, você sempre tem que estar fazendo alguma coisa, tem que se dedicar a alguma coisa. Eu acho que o trabalho dignifica. 

Em certo momento, Cid ficou cabisbaixo ao falar sobre a perda da filha, Jaciara Moreira, que morreu de enfisema pulmonar em 2020.

- Ela poderia ser uma grande apresentadora, mas surgiu a droga e ela não conseguiu.  

E concluiu revelando seus desejos para os próximos anos: 

- Eu desejo ter saúde, manter a saúde numa boa, fazer a sauninha, meus exercícios e tal. 

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Aos 96 anos de idade, Cid Moreira celebra carreira de sucesso e emociona ao lembrar morte da filha: <i>Surgiu a droga e ela não conseguiu</i>

Aos 96 anos de idade, Cid Moreira celebra carreira de sucesso e emociona ao lembrar morte da filha: Surgiu a droga e ela não conseguiu

27/Abr/

Nesta sexta-feira, dia 29, Cid Moreira completou 96 anos de idade. Para comemorar o aniversário, o jornalista conversou com Patrícia Poeta sobre a carreira de sucesso e refletiu sobre sua trajetória. O apresentador passou 27 anos no comando do Jornal Nacional e tem orgulho do tempo em que passou na bancada. 

- Eu gosto de tudo o que faço quando eu estou fazendo. Depois quando deixo de fazer, tenho que me conformar. 

Cid fez parte da primeira equipe do jornal, que é exibido desde 1 de setembro de 1969 pela TV Globo.

- Eu fui para a Globo em maio, fui contratado, e em setembro foi para o ar o Jornal Nacional. Eu cheguei, estava uma correria, era o lançamento do jornal e ninguém me falou nada. Surpresa. [...] Quando começou o JN, algumas semanas depois, alguém sugeriu terminar não com notícias tristes, graves, mas com algo leniente. Eu comecei a fazer, foi um sucesso, gostaram. Muita gente me fala que os pais obrigavam os filhos a ficar assistindo ao jornal e diziam: Acabou o jornal, agora vamos para a cama. 

Ao ser questionado se sentia um friozinho na barriga sempre que precisava sentar atrás da bancada do JN, ele respondeu: 

- Sinceramente, não. Eu fui para o rádio como locutor, uma cabine pequena. Os visitantes, quando vinham conhecer a emissora, levavam lá na cabine em que estava o locutor. Quando pintava alguém na cabine, eu começava a tropeçar, mordia a língua, ficava gago. Daí, imagina, o Jornal Nacional, milhões de pessoas. Eu imaginava que só tinha a câmera e mais nada. 

E relembrou como foi dar o seu último boa noite: 

- Eu me senti triste. Sabe que me deram uma raquete, que eu tentei jogar tênis durante muito tempo. Aos 89 não consegui jogar bem e desisti. 

Cid também falou sobre a vez em que recebeu uma dica sobre como cuidar da voz, que cativou o Brasil pelo seu tom grave:

- Uma vez conversando com uma grande cantora que eu apresentava na rádio, a Elizeth Cardoso, ela falou: Eu uso cravo da Índia. Peguei aquele vidro grande de cravo da Índia e comecei a usar. Hoje eu uso com frequência gengibre. 

Além do Jornal Nacional, ele também trabalhou no comando do programa Mister M: 

- Eu fui e gostaram. Foi uma nova fase. Gostei porque era um programa lúdico. 

E gravou uma versão em áudio da Bíblia completa: 

- Eu quando entro em uma jogada é para valer. A Bíblia levei quase sete anos gravando. Eu calculava, gravando a Bíblia na íntegra de Gênesis ao Apocalipse, seriam 120 CDs. Hoje você tem ela toda gravada em MP3, em um CD. 

Refletindo sobre os trabalhos, ele ainda declarou: 

- Na vida, você sempre tem que estar fazendo alguma coisa, tem que se dedicar a alguma coisa. Eu acho que o trabalho dignifica. 

Em certo momento, Cid ficou cabisbaixo ao falar sobre a perda da filha, Jaciara Moreira, que morreu de enfisema pulmonar em 2020.

- Ela poderia ser uma grande apresentadora, mas surgiu a droga e ela não conseguiu.  

E concluiu revelando seus desejos para os próximos anos: 

- Eu desejo ter saúde, manter a saúde numa boa, fazer a sauninha, meus exercícios e tal.