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Publicada em 05/08/2025 às 00:00 | Atualizada em 05/08/2025 às 10:30

Arturo Steffen destaca dualidade de Brutus em Paulo, o Apóstolo: - O maior desafio foi equilibrar rigidez com humanidade

O ator concedeu uma entrevista exclusiva ao ESTRELANDO

Bárbara More

Divulgação-Lucio Luna

A TV Record está deixando os telespectadores impressionados com cada capítulo exibido de Paulo, O Apóstolo. A série bíblica é uma superprodução que chega com um talentoso elenco interpretando figuras marcantes. Arturo Steffen surge em cena como Brutus, chefe do exército romano capaz de dizer mais que mil palavras apenas com o seu olhar. 

Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Arturo revela detalhes do processo de preparação para viver o personagem, quais são os maiores desafios enfrentados ao viver Brutus, características marcantes do papel e momentos emocionantes das gravações. 

O ator começa revelando que precisou embarcar em treinos mais intensos, adotar uma nova rotina e também realizar estudos históricos para interpretar o militar romano. 

- Brutus exige presença, força e controle. Como ele é o chefe do exército romano, sabia que meu corpo precisava refletir autoridade, disciplina e guerra. Intensifiquei treinos físicos e mergulhei em estudos históricos sobre o império romano e a cultura da época. Também trabalhei com a preparadora de elenco para entender as motivações internas do personagem — ele não é apenas força bruta, tem códigos e conflitos.

Ao refletir sobre o maior desafio do papel, ele destaca que buscou representar bem a dualidade do personagem, tão simbólico. Ele também se diz grato por receber feedbacks positivos sobre a presença silenciosa, mas profundamente comunicativa, de Brutus.

- O maior desafio foi equilibrar a rigidez militar com a humanidade do personagem. Brutus é leal, mas vive dilemas — ele está inserido em um momento histórico de transformações profundas. O mais gratificante foi sentir que, mesmo sem falas, em várias cenas, o olhar de Brutus comunicava tudo. Recebi feedbacks de colegas e da direção sobre essa presença silenciosa, e isso, pra mim, é arte: estar vivo mesmo no silêncio.

Questionado sobre qual cena ou momento nos sets de gravação da série bíblica o marcou, seja pela carga emocional ou pela complexidade técnica, destaca: 

- Teve uma cena em que Brutus observa Paulo sendo levado para julgamento. Eu não dizia uma palavra, mas precisava carregar tensão, julgamento e conflito interno só no olhar. A energia no set estava densa. Lembro do silêncio entre os takes — parecia que todos estávamos atravessando aquele momento juntos. Foi forte.

Esse não foi o único momento emocionalmente marcante para Arturo, pois ele também relembra um dia em que teve uma experiência de espiritualidade enquanto estava em meio aos cenários e figurinos de época, que tocou seu coração. 

- Foi muito profundo. Teve um dia em que entrei no set e senti uma presença. Estava no meio das pedras, dos figurinos, daquela atmosfera que remetia a outro tempo... e me veio uma sensação de paz e propósito. Era como se eu estivesse exatamente onde deveria estar, vivendo algo maior. A arte, nesses momentos, transcende o trabalho. Vira conexão.

Olhando para trás, relembrando o seu primeiro papel e analisando o momento profissional que está vivendo, o artista revela o que mais mudou em sua vida e conta que considera a participação em A Rainha da Pérsia, uma das mais marcantes de sua carreira.

- Mudou muita coisa. Hoje tenho mais consciência do que quero comunicar com meu trabalho, mais domínio técnico e, também, mais escuta. Acho que Brutus me marcou muito por ser um personagem de presença silenciosa — ele me ensinou sobre força contida, sobre o poder do não-dito. Mas teve também Efialtes, em A Rainha da Pérsia, que foi uma entrega visceral. Cada personagem deixa um traço em mim, e sou grato por isso. 

(Des)controle

Arturo Steffen está nas telinhas da Record com a série bíblica, mas também se prepara para aparecer nas telonas do cinema com o filme (Des)controle, estrelado por Carolina Dieckman e com roteiro de Rosane Svartman. O longa-metragem encerrou as gravações no final de 2024 - e o ator nos conta como está a expectativa para poder apresentar o trabalho ao público.

- A ansiedade está grande — mas é aquela boa, de quem acredita no projeto. Des(Controle) é um filme que mexe com camadas profundas do ser humano. É atual, provoca, faz refletir. O público pode esperar um drama intenso, bem construído e com atuações entregues. Acho que vai surpreender.

Quando leu o roteiro, logo se atraiu pela trama, que fala sobre uma autora bem-sucedida de livros infantojuvenis que enfrenta uma crise criativa e acaba tendo uma recaída no alcoolismo, gerando um descontrole de sua vida. O artista ainda revela que ficou muito emocionado ao saber que estaria no elenco da produção. 

- Foi um processo seletivo exigente e quando recebi a confirmação, senti que estava dando mais um passo firme na minha trajetória. O que me atraiu foi o roteiro — é humano, cru, e fala de desequilíbrios emocionais, algo com o que todos lidam em algum nível. Eu gosto de personagens que me tiram da zona de conforto.

As trocas com o elenco durante as gravações de (Des)controle, segundo ele, foram intensas e muito ricas: 

- O elenco estava comprometido e aberto, e isso cria uma energia muito boa em cena. Trocamos muito sobre a vida, sobre nossas vivências pessoais, e isso ajudou a trazer verdade pro set. Tiveram dias que saímos exaustos emocionalmente — e isso é sinal de que estávamos acessando lugares reais.


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Arturo Steffen destaca dualidade de Brutus em <i>Paulo, o Apóstolo: - O maior desafio foi equilibrar rigidez com humanidade</i>

Arturo Steffen destaca dualidade de Brutus em Paulo, o Apóstolo: - O maior desafio foi equilibrar rigidez com humanidade

05/Ago/

A TV Record está deixando os telespectadores impressionados com cada capítulo exibido de Paulo, O Apóstolo. A série bíblica é uma superprodução que chega com um talentoso elenco interpretando figuras marcantes. Arturo Steffen surge em cena como Brutus, chefe do exército romano capaz de dizer mais que mil palavras apenas com o seu olhar. 

Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, Arturo revela detalhes do processo de preparação para viver o personagem, quais são os maiores desafios enfrentados ao viver Brutus, características marcantes do papel e momentos emocionantes das gravações. 

O ator começa revelando que precisou embarcar em treinos mais intensos, adotar uma nova rotina e também realizar estudos históricos para interpretar o militar romano. 

- Brutus exige presença, força e controle. Como ele é o chefe do exército romano, sabia que meu corpo precisava refletir autoridade, disciplina e guerra. Intensifiquei treinos físicos e mergulhei em estudos históricos sobre o império romano e a cultura da época. Também trabalhei com a preparadora de elenco para entender as motivações internas do personagem — ele não é apenas força bruta, tem códigos e conflitos.

Ao refletir sobre o maior desafio do papel, ele destaca que buscou representar bem a dualidade do personagem, tão simbólico. Ele também se diz grato por receber feedbacks positivos sobre a presença silenciosa, mas profundamente comunicativa, de Brutus.

- O maior desafio foi equilibrar a rigidez militar com a humanidade do personagem. Brutus é leal, mas vive dilemas — ele está inserido em um momento histórico de transformações profundas. O mais gratificante foi sentir que, mesmo sem falas, em várias cenas, o olhar de Brutus comunicava tudo. Recebi feedbacks de colegas e da direção sobre essa presença silenciosa, e isso, pra mim, é arte: estar vivo mesmo no silêncio.

Questionado sobre qual cena ou momento nos sets de gravação da série bíblica o marcou, seja pela carga emocional ou pela complexidade técnica, destaca: 

- Teve uma cena em que Brutus observa Paulo sendo levado para julgamento. Eu não dizia uma palavra, mas precisava carregar tensão, julgamento e conflito interno só no olhar. A energia no set estava densa. Lembro do silêncio entre os takes — parecia que todos estávamos atravessando aquele momento juntos. Foi forte.

Esse não foi o único momento emocionalmente marcante para Arturo, pois ele também relembra um dia em que teve uma experiência de espiritualidade enquanto estava em meio aos cenários e figurinos de época, que tocou seu coração. 

- Foi muito profundo. Teve um dia em que entrei no set e senti uma presença. Estava no meio das pedras, dos figurinos, daquela atmosfera que remetia a outro tempo... e me veio uma sensação de paz e propósito. Era como se eu estivesse exatamente onde deveria estar, vivendo algo maior. A arte, nesses momentos, transcende o trabalho. Vira conexão.

Olhando para trás, relembrando o seu primeiro papel e analisando o momento profissional que está vivendo, o artista revela o que mais mudou em sua vida e conta que considera a participação em A Rainha da Pérsia, uma das mais marcantes de sua carreira.

- Mudou muita coisa. Hoje tenho mais consciência do que quero comunicar com meu trabalho, mais domínio técnico e, também, mais escuta. Acho que Brutus me marcou muito por ser um personagem de presença silenciosa — ele me ensinou sobre força contida, sobre o poder do não-dito. Mas teve também Efialtes, em A Rainha da Pérsia, que foi uma entrega visceral. Cada personagem deixa um traço em mim, e sou grato por isso. 

(Des)controle

Arturo Steffen está nas telinhas da Record com a série bíblica, mas também se prepara para aparecer nas telonas do cinema com o filme (Des)controle, estrelado por Carolina Dieckman e com roteiro de Rosane Svartman. O longa-metragem encerrou as gravações no final de 2024 - e o ator nos conta como está a expectativa para poder apresentar o trabalho ao público.

- A ansiedade está grande — mas é aquela boa, de quem acredita no projeto. Des(Controle) é um filme que mexe com camadas profundas do ser humano. É atual, provoca, faz refletir. O público pode esperar um drama intenso, bem construído e com atuações entregues. Acho que vai surpreender.

Quando leu o roteiro, logo se atraiu pela trama, que fala sobre uma autora bem-sucedida de livros infantojuvenis que enfrenta uma crise criativa e acaba tendo uma recaída no alcoolismo, gerando um descontrole de sua vida. O artista ainda revela que ficou muito emocionado ao saber que estaria no elenco da produção. 

- Foi um processo seletivo exigente e quando recebi a confirmação, senti que estava dando mais um passo firme na minha trajetória. O que me atraiu foi o roteiro — é humano, cru, e fala de desequilíbrios emocionais, algo com o que todos lidam em algum nível. Eu gosto de personagens que me tiram da zona de conforto.

As trocas com o elenco durante as gravações de (Des)controle, segundo ele, foram intensas e muito ricas: 

- O elenco estava comprometido e aberto, e isso cria uma energia muito boa em cena. Trocamos muito sobre a vida, sobre nossas vivências pessoais, e isso ajudou a trazer verdade pro set. Tiveram dias que saímos exaustos emocionalmente — e isso é sinal de que estávamos acessando lugares reais.