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Publicada em 14/08/2020 às 11:00 | Atualizada em 18/08/2020 às 14:37

Diretora de 3% adianta que quarta temporada é a melhor: - Estamos fechando em alta

Daina Giannecchini contou que a temporada final da série é repleta de ação e também introspecção

Isabella Galante

Crédito: Vans Bambeers

Quem diria que três cineastas recém-formados teriam uma ideia genial para uma série que dez anos depois estaria chegando a sua quarta temporada e sendo assistida em 190 países?

Os novos episódios de 3% estão disponíveis no catálogo da Netflix nesta sexta-feira, dia 14, e para contar como foi a finalização dessa produção, Daina Giannecchini, uma das diretoras, conversou com o ESTRELANDO e deu alguns detalhes.

Sobre os últimos acontecimentos da distopia, a profissional revelou que a história tratará do desfecho do embate entre o Continente e o Maralto, mas os universos da Concha e do Processo também estarão presentes.

- A gente deu conta de tudo. Isso trouxe muita diversidade e desafios, relata.

Nesse mundo dividido, além do confronto e da ação, vão ter espaço questões sensíveis:

- As raízes familiares de cada personagem aparecem com mais força. Todos os dilemas familiares florescem, e vamos ver esse conflito externo do grupo e essa dinâmica interna que pressiona todo mundo mais do que nunca.

Em termos de criação, a obra não foi afetada pela pandemia causada pelo novo coronavírus, que chegou ao Brasil nas fases finais da pós-produção. Porém, alguns ajustes foram realizados já remotamente.

Sucesso

A primeira série original brasileira da plataforma de streaming teve uma repercussão imensa, sendo uma das mais rápidas assistidas pelos usuários de países como Turquia, Austrália, Canadá, França, Itália, Coreia do Sul e Estados Unidos. O sucesso é tanto que até hoje Daina não acredita que a equipe conseguiu alcançar tamanha influência.

- A gente fica chocado de ver tanta gente de dentro e fora do Brasil que viu, que gosta e é fã [da série]. É muito surreal, declara.

No entanto, já desde o episódio piloto, produzido em 2010 para um edital do Ministério da Cultura, a obra agradou e acumulou fãs, que torciam por seu êxito e continuidade. E isso só cresceu a partir do momento em que a Netflix abraçou a ideia em 2016, o que proporcionou mais visibilidade e possibilidades financeiras, fazendo com que a produção evoluísse bastante.

- Mudou a minha vida e a de muita gente que trabalhou na série, diz Daina.

O elenco também foi parte integrante desse percusso. Com nomes de peso como Bianca Comparato e Sergio Mamberti entre estreantes, como Vaneza Oliveira, eles puderam dar a sua contribuição na criação do conteúdo, uma vez que estiveram sempre palpitando na história dos personagens.

Adeus

Inspirada nos livros 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, 3% termina este ano em um ponto alto de sua trajetória. Por outro lado, a decisão de concluir a narrativa não foi muito difícil.

- Desde o início, há quatro anos, a gente já tinha uma noção de qual seria o desenho de cada temporada, relembra Daina.

Para ela, o final agrada:

- Acho que estamos fechando em alta, no que a série tem de melhor, sem precisar se alongar excessivamente, ao mesmo tempo, dando conta de contar tudo o que a gente queria.

Os anos de experiência fizeram bem para a obra, que pôde se desenvolver e ser encerrada tendo atingido um nível elevado.

- Foi a melhor temporada no sentido de que a gente conseguiu produzir com muito mais fluidez. Na hora que a gente aprendeu, tudo certinho, era a hora de terminar, relata.

Legado

Muitas das conquistas obtidas por 3% têm a ver com a sua vertente política e social, que são reconhecidas em diversos territórios e, com isso, os espectadores vivenciam reflexões.

- A gente consegue engajar quem está assistindo a pensar sobre desigualdade social, meritocracia, estrutura de poder... [...] A série abre espaço para que as pessoas consigam assistir e questionar tudo isso sem perder o prazer de estar assistindo a algo divertido e que você se conecta com os personagens, explica a diretora que no futuro pretende se aventurar como roteirista.

E acrescenta:

- O que eu mais gosto é que a gente pode falar sobre assuntos super difíceis e complexos de uma forma emocionante.

O prestígio alcançado abriu portas, de acordo com a cineasta, para o investimento em mais conteúdos brasileiros, que cada vez mais abarcam gêneros diferentes, seja comédia, terror ou ficção científica.

A seguir, confira séries e produções brasileiras que valem a pena assistir na Netflix!


9mm: São Paulo mostra a vida pessoal e profissional de um grupo de cinco policiais do departamento de homicídios de uma delegacia. Além de mostrar a dificuldade dessa rotina em São Paulo, a série foca bastante nos dramas pessoais de cada personagem.

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Diretora de <i>3%</i> adianta que quarta temporada é a melhor: <i>- Estamos fechando em alta</i>

Diretora de 3% adianta que quarta temporada é a melhor: - Estamos fechando em alta

Daina Giannecchini contou que a temporada final da série é repleta de ação e também introspecção

14/Ago/2020

Isabella Galante

Quem diria que três cineastas recém-formados teriam uma ideia genial para uma série que dez anos depois estaria chegando a sua quarta temporada e sendo assistida em 190 países?

Os novos episódios de 3% estão disponíveis no catálogo da Netflix nesta sexta-feira, dia 14, e para contar como foi a finalização dessa produção, Daina Giannecchini, uma das diretoras, conversou com o ESTRELANDO e deu alguns detalhes.

Sobre os últimos acontecimentos da distopia, a profissional revelou que a história tratará do desfecho do embate entre o Continente e o Maralto, mas os universos da Concha e do Processo também estarão presentes.

- A gente deu conta de tudo. Isso trouxe muita diversidade e desafios, relata.

Nesse mundo dividido, além do confronto e da ação, vão ter espaço questões sensíveis:

- As raízes familiares de cada personagem aparecem com mais força. Todos os dilemas familiares florescem, e vamos ver esse conflito externo do grupo e essa dinâmica interna que pressiona todo mundo mais do que nunca.

Em termos de criação, a obra não foi afetada pela pandemia causada pelo novo coronavírus, que chegou ao Brasil nas fases finais da pós-produção. Porém, alguns ajustes foram realizados já remotamente.

Sucesso

A primeira série original brasileira da plataforma de streaming teve uma repercussão imensa, sendo uma das mais rápidas assistidas pelos usuários de países como Turquia, Austrália, Canadá, França, Itália, Coreia do Sul e Estados Unidos. O sucesso é tanto que até hoje Daina não acredita que a equipe conseguiu alcançar tamanha influência.

- A gente fica chocado de ver tanta gente de dentro e fora do Brasil que viu, que gosta e é fã [da série]. É muito surreal, declara.

No entanto, já desde o episódio piloto, produzido em 2010 para um edital do Ministério da Cultura, a obra agradou e acumulou fãs, que torciam por seu êxito e continuidade. E isso só cresceu a partir do momento em que a Netflix abraçou a ideia em 2016, o que proporcionou mais visibilidade e possibilidades financeiras, fazendo com que a produção evoluísse bastante.

- Mudou a minha vida e a de muita gente que trabalhou na série, diz Daina.

O elenco também foi parte integrante desse percusso. Com nomes de peso como Bianca Comparato e Sergio Mamberti entre estreantes, como Vaneza Oliveira, eles puderam dar a sua contribuição na criação do conteúdo, uma vez que estiveram sempre palpitando na história dos personagens.

Adeus

Inspirada nos livros 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, 3% termina este ano em um ponto alto de sua trajetória. Por outro lado, a decisão de concluir a narrativa não foi muito difícil.

- Desde o início, há quatro anos, a gente já tinha uma noção de qual seria o desenho de cada temporada, relembra Daina.

Para ela, o final agrada:

- Acho que estamos fechando em alta, no que a série tem de melhor, sem precisar se alongar excessivamente, ao mesmo tempo, dando conta de contar tudo o que a gente queria.

Os anos de experiência fizeram bem para a obra, que pôde se desenvolver e ser encerrada tendo atingido um nível elevado.

- Foi a melhor temporada no sentido de que a gente conseguiu produzir com muito mais fluidez. Na hora que a gente aprendeu, tudo certinho, era a hora de terminar, relata.

Legado

Muitas das conquistas obtidas por 3% têm a ver com a sua vertente política e social, que são reconhecidas em diversos territórios e, com isso, os espectadores vivenciam reflexões.

- A gente consegue engajar quem está assistindo a pensar sobre desigualdade social, meritocracia, estrutura de poder... [...] A série abre espaço para que as pessoas consigam assistir e questionar tudo isso sem perder o prazer de estar assistindo a algo divertido e que você se conecta com os personagens, explica a diretora que no futuro pretende se aventurar como roteirista.

E acrescenta:

- O que eu mais gosto é que a gente pode falar sobre assuntos super difíceis e complexos de uma forma emocionante.

O prestígio alcançado abriu portas, de acordo com a cineasta, para o investimento em mais conteúdos brasileiros, que cada vez mais abarcam gêneros diferentes, seja comédia, terror ou ficção científica.

A seguir, confira séries e produções brasileiras que valem a pena assistir na Netflix!