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Publicada em 03/11/2021 às 19:38 | Atualizada em 10/11/2021 às 11:14

Will Smith admite que considerou empurrar o próprio pai da escada, diz revista

Em sua autobiografia, o ator conta que viu a mãe ser agredida diversas vezes pelo pai, que era alcoólatra

Da Redação

Divulgação

Na próxima terça-feira, dia 9, será lançado o livro Will, uma autobiografia do ator Will Smith na qual ele promete fazer uma série de revelações e análises sobre sua vida pessoal e sobre sua carreira. De acordo com a revista People, essa promessa realmente irá se mostrar verdadeira - já que o jornal revelou que, em um dos trechos do livro, o artista teria admitido que chegou a considerar empurrar o pai da escada para vingar as agressões vividas por sua mãe durante a infância.

Logo no início do trecho em questão, Smith revela que a relação do patriarca William Carroll Smith Sênior com a família não era lá das melhores - embora o homem se comportasse bem na presença de outras pessoas, ele era uma pessoa violenta e viciada em bebidas alcoólicas:

Meu pai era violento, mas também estava em todos os jogos, partidas e recitais. Ele era um alcoólatra, mas estava sóbrio em todas as estréias de todos os meus filmes. Ele ouviu todos os discos. Ele visitou todos os estúdios. O mesmo perfeccionismo intenso que aterrorizou sua família colocou comida na mesa todas as noites da minha vida.

Na sequência, o ator entrega que sua mãe, Caroline Bright, era a principal vítima da violência do pai, que chegava a agredi-la na frente de Will e de seus três irmãos, fato que teria marcado para sempre o modo como ele viria a se desenvolver como pessoa e como profissional:

Quando eu tinha nove anos de idade, vi meu pai dar um soco na cabeça da minha mãe com tanta força que ela desabou. Eu a vi cuspir sangue. Aquele momento naquele quarto, provavelmente mais do que qualquer outro momento em minha vida, definiu quem eu sou. Em tudo o que fiz desde então - os prêmios e elogios, os holofotes e atenção, os personagens e as risadas - houve uma sútil série de desculpas à minha mãe por minha inação naquele dia. Por ter falhado com ela naquele momento. Por não conseguir enfrentar meu pai. Por ser um covarde.

Os pais do astro passaram a viver separados quando Will ainda era adolescente, e vieram a se divorciar oficialmente nos anos 2000. Desde então, o ator manteve um relacionamento próximo com o pai e chegou até mesmo a cuidar dele quando foi diagnosticado com câncer, doença que acabou provocando sua morte no ano de 2016. Apesar disso, o ressentimento para com o senhor de idade não desapareceu - e Smith conta que, por vezes, esse rancor acabava tomando seus pensamentos.

Uma noite, enquanto eu delicadamente o empurrava de seu quarto em direção ao banheiro, uma escuridão surgiu dentro de mim. O caminho entre os dois quartos passa pelo topo da escada. Quando criança, eu sempre disse a mim mesmo que um dia iria vingar minha mãe. Que quando eu fosse grande o suficiente, quando eu fosse forte o suficiente, quando eu não fosse mais um covarde, eu iria matá-lo. Fiz uma pausa no topo da escada. Eu poderia empurrá-lo para baixo e facilmente me safar. Enquanto as décadas de dor, raiva e ressentimento avançavam e recuavam, eu balancei minha cabeça e comecei a levar papai na cadeira de rodas até o banheiro.

Por fim, o eterno protagonista de Um Maluco no Pedaço reflete sobre como criou uma persona para lidar com o fato de não ter conseguido proteger sua mãe, e também sobre a importância de amar as pessoas independente do quanto elas tenham lhe machucado:

O que vocês passaram a entender como Will Smith, o aniquilador de alienígenas, a estrela de cinema maior do que a vida, é em grande parte uma construção - um personagem cuidadosamente elaborado e afiado - projetado para me proteger. Para me esconder do mundo. Para esconder o covarde. Não há nada que você possa receber do mundo material que crie paz interior ou satisfação. No final das contas, não importa nem um pouco o quanto [as pessoas] amam você - você só vai ganhar o Sorriso com base no quanto as amou.

Paixão platônica por atriz 25 anos mais velha

Outro assunto abordado pelo ator em seu livro é o casamento com Sheree Zampino entre os anos de 1992 e 1995. Will admite que, logo nos primeiros meses de matrimônio, o casal passou por alguns problemas de relação, o que acabou contribuindo para que ele desenvolvesse uma paixão platônica pela atriz Stockard Channing durante as filmagens do longa Seis Graus de Separação.

Na época, o artista tinha apenas 24 anos de idade, enquanto a atriz veterana - que já tinha fama após atuar em Grease - tinha 49 anos de idade, uma diferença de 25 anos. O ator só foi admitir publicamente a situação em 2015, mas conta que sua então esposa deve ter sofrido com o período, durante o qual já era mãe do primogênito Trey Smith:

Sheree e eu estávamos nos primeiros meses de nosso casamento com um bebê recém-nascido e, para Sheree, posso imaginar que essa experiência foi perturbadora, para dizer o mínimo. Ela se casou com um cara chamado Will Smith e agora ela estava vivendo com um cara chamado Paul Poitier. E, para piorar as coisas, durante as filmagens eu me apaixonei por Stockard Channing.

Vale lembrar que o personagem de Smith na trama, Paul Poitier, é membro da comunidade LGBTQIA+ e, em determinado momento, acaba se apaixonando pela personagem de Channing. Will é casado com Jada Pinkett Smith desde 1997, e tem com ela outros dois filhos: Jaden e Willow Smith.

A seguir, confira 14 das maiores revelações feitas pela família de Will Smith!


Uma das declarações mais polêmicas dos Smith não foi feita pelo casal, mas pelos filhos Willow e Jaden. Em uma entrevista de 2014 para o The New York Times, Jaden falou sobre o tempo: - É provado que o tempo se move de acordo com onde você está no universo. É relativo a seres e outros lugares. Mas no nível aqui da Terra, se você estiver ciente do momento, um segundo pode durar um ano. E se você não está ciente, toda sua infância, sua vida, podem passar em seis segundos. Mas também é uma coisa em que você pode se perder. E Willow completou: - Quer dizer, o tempo, para mim, eu posso fazer ele ir devagar ou rápido, conforme eu queira, e é assim que eu sei que ele não existe. A entrevista causou muita repercussão, e até hoje eles brincam com as frases que disseram, as postando nas redes sociais ou escrevendo em camisetas.

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Will Smith admite que considerou empurrar o próprio pai da escada, diz revista

Will Smith admite que considerou empurrar o próprio pai da escada, diz revista

Em sua autobiografia, o ator conta que viu a mãe ser agredida diversas vezes pelo pai, que era alcoólatra

03/Nov/2021

Da Redação

Na próxima terça-feira, dia 9, será lançado o livro Will, uma autobiografia do ator Will Smith na qual ele promete fazer uma série de revelações e análises sobre sua vida pessoal e sobre sua carreira. De acordo com a revista People, essa promessa realmente irá se mostrar verdadeira - já que o jornal revelou que, em um dos trechos do livro, o artista teria admitido que chegou a considerar empurrar o pai da escada para vingar as agressões vividas por sua mãe durante a infância.

Logo no início do trecho em questão, Smith revela que a relação do patriarca William Carroll Smith Sênior com a família não era lá das melhores - embora o homem se comportasse bem na presença de outras pessoas, ele era uma pessoa violenta e viciada em bebidas alcoólicas:

Meu pai era violento, mas também estava em todos os jogos, partidas e recitais. Ele era um alcoólatra, mas estava sóbrio em todas as estréias de todos os meus filmes. Ele ouviu todos os discos. Ele visitou todos os estúdios. O mesmo perfeccionismo intenso que aterrorizou sua família colocou comida na mesa todas as noites da minha vida.

Na sequência, o ator entrega que sua mãe, Caroline Bright, era a principal vítima da violência do pai, que chegava a agredi-la na frente de Will e de seus três irmãos, fato que teria marcado para sempre o modo como ele viria a se desenvolver como pessoa e como profissional:

Quando eu tinha nove anos de idade, vi meu pai dar um soco na cabeça da minha mãe com tanta força que ela desabou. Eu a vi cuspir sangue. Aquele momento naquele quarto, provavelmente mais do que qualquer outro momento em minha vida, definiu quem eu sou. Em tudo o que fiz desde então - os prêmios e elogios, os holofotes e atenção, os personagens e as risadas - houve uma sútil série de desculpas à minha mãe por minha inação naquele dia. Por ter falhado com ela naquele momento. Por não conseguir enfrentar meu pai. Por ser um covarde.

Os pais do astro passaram a viver separados quando Will ainda era adolescente, e vieram a se divorciar oficialmente nos anos 2000. Desde então, o ator manteve um relacionamento próximo com o pai e chegou até mesmo a cuidar dele quando foi diagnosticado com câncer, doença que acabou provocando sua morte no ano de 2016. Apesar disso, o ressentimento para com o senhor de idade não desapareceu - e Smith conta que, por vezes, esse rancor acabava tomando seus pensamentos.

Uma noite, enquanto eu delicadamente o empurrava de seu quarto em direção ao banheiro, uma escuridão surgiu dentro de mim. O caminho entre os dois quartos passa pelo topo da escada. Quando criança, eu sempre disse a mim mesmo que um dia iria vingar minha mãe. Que quando eu fosse grande o suficiente, quando eu fosse forte o suficiente, quando eu não fosse mais um covarde, eu iria matá-lo. Fiz uma pausa no topo da escada. Eu poderia empurrá-lo para baixo e facilmente me safar. Enquanto as décadas de dor, raiva e ressentimento avançavam e recuavam, eu balancei minha cabeça e comecei a levar papai na cadeira de rodas até o banheiro.

Por fim, o eterno protagonista de Um Maluco no Pedaço reflete sobre como criou uma persona para lidar com o fato de não ter conseguido proteger sua mãe, e também sobre a importância de amar as pessoas independente do quanto elas tenham lhe machucado:

O que vocês passaram a entender como Will Smith, o aniquilador de alienígenas, a estrela de cinema maior do que a vida, é em grande parte uma construção - um personagem cuidadosamente elaborado e afiado - projetado para me proteger. Para me esconder do mundo. Para esconder o covarde. Não há nada que você possa receber do mundo material que crie paz interior ou satisfação. No final das contas, não importa nem um pouco o quanto [as pessoas] amam você - você só vai ganhar o Sorriso com base no quanto as amou.

Paixão platônica por atriz 25 anos mais velha

Outro assunto abordado pelo ator em seu livro é o casamento com Sheree Zampino entre os anos de 1992 e 1995. Will admite que, logo nos primeiros meses de matrimônio, o casal passou por alguns problemas de relação, o que acabou contribuindo para que ele desenvolvesse uma paixão platônica pela atriz Stockard Channing durante as filmagens do longa Seis Graus de Separação.

Na época, o artista tinha apenas 24 anos de idade, enquanto a atriz veterana - que já tinha fama após atuar em Grease - tinha 49 anos de idade, uma diferença de 25 anos. O ator só foi admitir publicamente a situação em 2015, mas conta que sua então esposa deve ter sofrido com o período, durante o qual já era mãe do primogênito Trey Smith:

Sheree e eu estávamos nos primeiros meses de nosso casamento com um bebê recém-nascido e, para Sheree, posso imaginar que essa experiência foi perturbadora, para dizer o mínimo. Ela se casou com um cara chamado Will Smith e agora ela estava vivendo com um cara chamado Paul Poitier. E, para piorar as coisas, durante as filmagens eu me apaixonei por Stockard Channing.

Vale lembrar que o personagem de Smith na trama, Paul Poitier, é membro da comunidade LGBTQIA+ e, em determinado momento, acaba se apaixonando pela personagem de Channing. Will é casado com Jada Pinkett Smith desde 1997, e tem com ela outros dois filhos: Jaden e Willow Smith.

A seguir, confira 14 das maiores revelações feitas pela família de Will Smith!