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Nem sempre o diagnóstico de vitiligo é fácil de aceitar. Caso você não conheça, se trata de uma doença autoimune que provoca a perda da pigmentação em algumas áreas do corpo. Por envolver algo tão visível, é normal que as pessoas tenham receio em compartilhar. Por isso, muitos famosos acabam usando a sua visibilidade para tentar deixar o tabu acerca da doença de lado. Esse foi o caso, por exemplo, de Rodrigo Góes. Em entrevista para Revista GQ, o ator, que está atualmente no remake de Vale Tudo, na TV Globo, revelou que recebeu seu diagnóstico quando tinha 12 anos de idade: - Eu ficava envergonhado. Na escola, ia só de calça. Na praia, de bermuda, contou ele, afirmando que não foi fácil aceitar a doença. Até que pensei: Que loucura é essa? Não quero isso para mim. Bruscamente, a mancha diminuiu e hoje é muito pequena. Em seguida, Rodrigo ainda revelou que a doença o fez enxergar o melhor da vida: Quando perco um trabalho, sei que vai vir algo melhor. Isso acontece com tudo. Ao ver o lado bom das coisas, acabei lidando da melhor forma com a vida e fui recompensado por isso. O mais importante disso não é que a mancha encolheu, mas como eu passei a lidar com grandes desafios. Hoje, me sinto preparado para lidar com as coisas da melhor maneira possível. Aseguir, relembre os famosos que convivem com a doença:
Divulgação-TV Globo
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Já dizia Michael Jackson - It don't matter if you're black or white. Mesmo tendo morrido em 25 de junho de 2009, o cantor segue sendo o rei do pop e seu legado marca gerações até hoje. Mas, além das músicas, ele também ficou bastante conhecido por conviver com o vitiligo. Em entrevista para Oprah Winfrey, ele comentou sobre seu embranquecimento: Em primeiro lugar, até onde eu sei, não existe isso de descolorir a pele. (...) Isso é um problema de pele que destrói a pigmentação da pele. É algo que não posso conter. Quando as pessoas inventam histórias de que não quero ser quem eu sou, me machuca. É um problema para mim, não consigo controlar. (...) Eu uso maquiagem para igualar, porque [a doença] causa manchas na minha pele, então preciso igualar..
Divulgação
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Luiza Brunet também faz parte desta lista. Em entrevista ao jornal Extra, ela falou que lida bem com o diagnóstico: É uma doença autoimune que não tem cura. Já fiz tratamentos alternativos, mas não vi grandes resultados. Como tem a ver com imunidade baixa, o ideal é ter uma vida tranquila, equilibrada. Só que sou um pouco mais estressada do que o normal. Então, quando se tem picos de nervoso, a doença dá uma deflagrada absurda. Aos 38 anos, tive um estresse violento e se espalhou muito. De cinco anos pra cá, outro momento tenso e mais manchas. Hoje, elas se concentram nas mãos, nos pés, joelhos e cotovelos. Não vou me matar porque tenho vitiligo. Posso ter uma vida saudável, sexualmente maravilhosa, sem focar na doença.
Agnews
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Sophia Alckmin, filha do atual vice-presidente Geraldo Alckmin, também convive com a condição. Em uma publicação nas redes sociais, ela contou que a doença apareceu após a morte repentina do irmão mais novo, Thomaz, que morreu em um acidente de helicóptero aos 31 anos de idade. Em entrevista para Marie Claire, ela relembrou esse momento: Minha pele é sensível. Tudo acaba refletindo nela. Já tive crises alérgicas sem nunca ter descoberto as causas. Já tive bolhas nos dedos que surgiam do nada. Mas do jeito que vinham, iam. Quando surgiram as manchinhas de vitiligo nos dedos, achei que fosse mais uma alergia. Logo me dei conta de que não, porque não vieram acompanhadas de nenhum sintoma ou desconforto. No fundo, sabia que era vitiligo, mas ignorei o quanto pude. Como se se não fosse diagnosticada, não teria a doença. Apesar disso, hoje em dia ela conta que convive bem com a doença: Chego a gostar das manchas. Até invento simbologias para cada formato. Brinco que tenho um coração no punho, ondas do mar na boca e asas entre os olhos.
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Em 2022, no BBB, Natália Deodato também deixou o tema em foco. Na época, ela contou que descobriu a doença com 9 anos de idade. Em um relato, compartilhado nas redes sociais, ela contou como foi todo seu processo de aceitação: Inicialmente, foi muito difícil para mim. Cheguei a me odiar, achando tudo aquilo assustador. Fechei-me para o mundo, tentando evitar a rejeição e os olhares maldosos. Até perceber que ser diferente é, de fato, algo que assusta. Não estamos acostumados com aquilo que foge ao padrão. A cada piscar de olhos diferentes, doía.
Então me reinventei, tirei forças de onde nem imaginava e aceitei o convite do amor. Passei a me acolher e a me aceitar. A partir daí, comecei a enxergar esse meu jeito de ser diferente como uma forma de transformação social, por meio do meu trabalho.
Você pode ser feliz e bonito(a/e) do jeito que é — com vitiligo ou com qualquer outra característica. Amar-se não é uma tarefa fácil, mas eu decidi me amar em cada detalhe. E, por estar fora do padrão, entendi que preciso me amar ainda mais.
Eu amo ser diferente e, ao me aceitar como sou, acabo me amando ainda mais. O vitiligo ainda não possui cura. Ele acomete cerca de 1% da população mundial, 0,5% da brasileira, e não é transmissível.
Sou perfeita? Quem é perfeito? Eu amo as minhas imperfeições, amo meus contrastes, amo ser única. Sim, eu amo meu vitiligo. Sinto muita gratidão e amor por tudo.
Divulgação-TV Globo
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Kim Kardashian revelou que um de seus filhos também recebeu esse diagnóstico. Em entrevista ao podcast She MD, ela não citou de qual filho estava falando, mas explicou que se trata de uma questão hereditária: Ela veio da minha mãe, foi para mim... e eu passei de uma forma diferente para meu filho, que tem vitiligo muito leve. Kim é mãe de quatro filhos, todos frutos do antigo casamento com Kanye West. São eles, North, Saint, Chicado e Psalm.
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