
Bárbara Paz fala sobre luto após morte do marido: - Já perdi quase todo mundo na minha vida
A atriz foi casada com Hector Babenco, que morreu em 2016
09/Ago/2019
Da Redação
Bárbara Paz fez sua estreia como diretora e produtora ao lançar o filme Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou, que conta a história do cineasta Hector Babenco, que morreu em 2016 e com quem a atriz foi casada desde 2010. Em entrevista à revista 29 Horas, Bárbara também falou sobre o livro de poemas e conversas, Mr. Babenco - Solilóquio a dois sem um, que teve com o marido. Trabalhar com essas memórias, inclusive, não foi fácil para a artista.
- Difícil, mas a palavra luto para mim também é luta. Eu já perdi quase todo mundo na minha vida. Perdi meu pai aos seis anos, minha mãe, quando tinha 17. Muito cedo aprendi a lidar com isso. Com o tempo a gente vai evoluindo. O tempo traz essa maturidade, a conscientização do que é a morte. E foi muito bom fazer o filme e o livro, dois projetos de amor. O que você faz depois que amou uma pessoa, com quem dividiu a vida, e fica sem essa outra parte?
Bárbara ainda falou de como surgiu a ideia para fazer o filme e o livro.
- Tudo começou lá atrás, há muitos anos. Acho que o Hector sentiu uma urgência de falar, pois vinha sofrendo com o câncer desde que tinha 38 anos. Quando ele fez O Beijo da Mulher Aranha (1985), já havia descoberto a doença. Quando estava doente ele fez vários filmes, como Brincando nos Campos do Senhor (1991), na Amazônia, e ninguém sabia disso. Foi sempre tratado pelo Drauzio Varella e aos 50 anos se submeteu ao transplante de medula óssea que ele retrata no filme Meu Amigo Hindu (2015). O livro é parte de tudo o que a gente gravou para o filme juntos, das nossas conversas. Depois que ele partiu, eu comecei a organizar as conversas e achar lindo aquilo escrito. Ele partiu no momento em que a gente estava corrigindo essa letra. É o Solilóquio a Dois sem Um. O Hector já estava na morfina e ainda corrigiu 40% dos poemas que a gente escolheu para publicar: escritos que eu descobri numa caixa que ele guardava desde a adolescência. A criação o mantinha vivo.
Nostálgica, a atriz relembrou a sua experiência no reality Casa dos Artistas, no SBT, em 2001.
- Eu já tinha uma carreira de teatro quando participei desse reality, no SBT, mas foi nele que eu me tornei uma pessoa pública. Foi uma estrada muito diferente e que me deu coisas boas. Essa casa aqui é a Casa dos Artistas: eu comprei com o dinheiro que ganhei. Por outro lado, ficou muito difícil desconstruir a imagem da Bárbara que apareceu para o grande público. Mas aos poucos eu consegui mostrar que era uma atriz. Para eu voltar a ter credibilidade depois de uma experiência muito popular, com muita audiência, eu retornei ao teatro fazendo Oscar Wilde durante três anos. Essa escolha me salvou como atriz.
A seguir, relembre como foi o lançamento do livro Mr. Babenco - Solilóquio a dois sem um:
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