
Bárbara Paz fala sobre possibilidade de ser indicada ao Oscar por filme sobre Babenco: - Acho que ele merecia isso
Documentário dirigido pela atriz foi escolhido para representar o Brasil na premiação
24/Nov/2020
Mel Pinheiro
Antes de morrer em 2016, o diretor Hector Babenco fez um pedido para sua esposa, a atriz Bárbara Paz:
- Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela.
Anos depois, o resultado foi o documentário BABENCO – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, escolhido para representar o Brasil no Oscar e buscar uma indicação de Melhor Filme Estrangeiro em 2021. O ESTRELANDO participou nesta terça-feira, dia 24, de uma mesa redonda com Bárbara Paz, que produziu, roteirizou e dirigiu o filme.
Apesar de ter sido indicado ao Oscar em 1986 por O Beijo da Mulher Aranha, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, dois longas brasileiros de Babenco foram escolhidos para tentar a indicação para Melhor Filme Estrangeiro: Pixote, a Lei do Mais Fraco e Carandiru, mas não foram indicados. Bárbara contou então que essa é uma oportunidade de levar o nome do diretor de volta para a Academia:
- Eu acho que vai ser uma beleza, muito bonito, se a gente conseguir chegar lá, ou chegar perto pelo menos. Acho que vou conseguir levar ele de volta para a Academia. Acho que é justo, acho que ele merecia isso, ele levou o cinema brasileiro para o mundo inteiro. Ele deu de presente muita coisa para o Brasil. Pensando assim, acho muito justo, fiquei até emocionada.
A diretora também contou como será a campanha com a Academia para conseguir ser um dos cinco indicados na categoria:
- Agora que começa o jogo e agora estou começando a estruturar uma campanha. A gente vai montar um time bom para o filme ser visto, para ser votado, para as pessoas saberem que o filme existe. Tem um longo caminho pela frente, e estamos correndo contra o tempo. Prometo fazer de tudo, ser uma boa política do audiovisual brasileiro (risos).
A estética do longa é algo que chama a atenção dos espectadores, já que as imagens são todas em preto e branco. Bárbara explicou a escolha:
- Eu sempre quis fazer o filme em preto e branco. O Hector dizia que a memória dele era em preto e branco, quando ele pensava em cinema, era preto e branco. (...) Eu queria dar uma unidade, para esse poema visual.
Bárbara descreveu seu filme como uma carta de amor ao cinema e também uma carta de amor ao diretor. Ela contou que além das imagens de arquivo, quis investir muito no som: além das músicas que Babenco gostava, ela inseriu, por exemplo, o som do mar para fazer referência à infância de Hector, que cresceu em Mar Del Plata, na Argentina:
- A minha maior referência fui eu mesma, o meu olhar de amor sobre ele. Eu filmei tudo aquilo que ele amava, que ele representava.
Com várias cenas da intimidade do casal, Paz contou que foi convencida pela roteirista Maria Camargo e montador Cao Guimarães que o documentário era sobre os dois:
- Eu tinha receio de me expor demais, eu já sou atriz, eu dizia: Não, esse filme é dele. E eles me disseram: Não, esse filme é sobre vocês, também. Então aceitei.
Após ser exibido em festivais pelo mundo, o filme estreia nos cinemas brasileiros no próximo dia 26 de novembro.
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