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Publicada em 23/04/2021 às 17:55 | Atualizada em 23/04/2021 às 17:55

Samara Felippo faz balanço sobre o estado emocional durante a quarentena

A atriz bateu um papo com a Vogue e comentou até que decidiu relaxar um pouco durante este período

Da Redação

Divulgação

Samara Felippo arrumou um tempinho durante a sua quarentena para dar uma entrevista para a Vogue e comentar como anda se sentindo nestes dias de isolamento social causados pelo novo coronavírus.

Como você deve saber, a atriz é mãe solo de duas crianças e ela contou durante o bate-papo que algumas coisas mudaram completamente durante este período da maternidade quando se estão isoladas.

- Na quarentena me tornei uma mãe completamente permissiva, mais irritada e menos legal, segundo minhas filhas. Sim, perguntei isso. Afinal, ninguém melhor que elas para me darem uma opinião real sobre o assunto. Dói um pouquinho, mas concordo com elas. Acontece que estamos todas esgotadas. Tenho estado completamente estafada mental e emocionalmente e, com isso, fico muito mais vulnerável à irritação, à falta de paciência e ao estresse. Talvez porque nunca imaginei conviver todos os dias 24 horas com elas — e nem vive versa. Me tornei a mãe que brinca menos e se divide entre mais funções. Passei a ter esse lado permissivo depois de quase explodir internamente de tanta irritação. Tenho uma balança imaginária na minha cabeça onde estou equilibrando 'o que deixar' e 'o que não deixar' aquilo que acredito ser saudável para mim enquanto mulher. 

Samara também contou sobre a sua infância e adolescência, que não era uma criança que tinha o costume de apanhar e tomar alguns apertões e beliscões de seus pais.

- Não fui uma criança que apanhou, tomou tapas e beliscões, mas meu pai tinha uma voz potente e usava isso como forma de ameaça. Hoje, se não busco uma reeducação, reproduzo o mesmo com minhas filhas. Aprendi que gritos, castigos e punições só vão deixá-las com mais raiva. Cuido sozinha delas e já descarreguei meu estresse e raiva berrando, confesso, mas, logo em seguida, vem aquele choro profundo e um pedido de desculpas explicando o motivo daquele meu desabafo ou agressão verbal — e terminamos numa conversa sensível e sincera. Passei a querer ter menos o controle de tudo e tenho me visto muito mais indo ao encontro de bons diálogos em vez de partir para os berros. Berrar me faz muito mal. Ou melhor: nos faz muito mal. Durante esse isolamento, tanto eu quanto as meninas enxergamos isso. Como é nocivo criar uma criança aos gritos! Porque gritar me faz adoecer e faz com que elas cresçam como cresci, naturalizando esse tipo de comportamento. Então, agora grito menos e respiro mais quando vontade de berrar vem com tudo. Respiro, explico, repito pela décima vez. Respiro (mais uma vez!) e o impulso de gritar passa. Ufa! Fui tentando achar um equilíbrio entre ser gentil e firme, mas o trabalho é árduo. 

E assim como uma mãe que tem duas crianças em casa, Samara divide os seus afazeres com separação de brigas das crianças.

- Tenho me visto tendo que separar brigas por motivos banais que viram um caos dentro de casa. Isso é chato. É uma tarefa sufocante ser a única responsável por duas crianças, dar limites para eles e na quarentena isso piorou. No início da pandemia eu sabia que não podia cobrar demais, as duas já estavam isoladas, sem ver os amigos, tinham mudado de cidade, estavam lendo notícias tristes... Era muita coisa na cabecinha delas. 

Mas a atriz percebeu que não adianta dar murro em ponta de faca e começou a abrir mão de algumas coisas e ir relaxando um pouco para também não enlouquecer.

- Por mais que saibamos o quão privilegiados somos, a pressão ainda é enorme e não deixa de existir na rotina. Resolvi ir “relaxando”, mas é desolador se ver não cumprindo o papel da mãe organizada, que sabe todos os horários de compromissos dos filhos, que verifica se o dever de casa está em dia, que não perde a reunião da escola e que confere se os dentes estão mesmo bem escovados. Em contrapartida, me tornei a mãe que faz o melhor arroz (confesso, ele era horrível!), o melhor purê, o melhor strogonoff, que forra a cama com mais afinco, arruma as gavetas, passa as calcinhas, decora coreografias, é mais transparente. Fui tentando passar por cima das cobranças que eu mesma me fazia. Sigo tentando, errando e acertando. Por fim, aprendi que preciso ser paciente... porque não me resta outra alternativa.

A seguir, confira as vezes em que Samara Felippo falou sobre o corpo, padrões e a vida de mãe:


Sobre as gestações de suas filhas, a atriz contou em entrevista ao programa do GNT, Boas Vindas, que o período não foi fácil: Eu detesto o processo da gravidez, pra mim foi saudável, não enjoei muito, mas tive coisas no meu corpo que me incomodaram, me privar de coisas me incomoda. E tenho certeza que isso não me faz menos mãe
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Samara Felippo faz balanço sobre o estado emocional durante a quarentena

Samara Felippo faz balanço sobre o estado emocional durante a quarentena

A atriz bateu um papo com a Vogue e comentou até que decidiu relaxar um pouco durante este período

23/Abr/2021

Da Redação

Samara Felippo arrumou um tempinho durante a sua quarentena para dar uma entrevista para a Vogue e comentar como anda se sentindo nestes dias de isolamento social causados pelo novo coronavírus.

Como você deve saber, a atriz é mãe solo de duas crianças e ela contou durante o bate-papo que algumas coisas mudaram completamente durante este período da maternidade quando se estão isoladas.

- Na quarentena me tornei uma mãe completamente permissiva, mais irritada e menos legal, segundo minhas filhas. Sim, perguntei isso. Afinal, ninguém melhor que elas para me darem uma opinião real sobre o assunto. Dói um pouquinho, mas concordo com elas. Acontece que estamos todas esgotadas. Tenho estado completamente estafada mental e emocionalmente e, com isso, fico muito mais vulnerável à irritação, à falta de paciência e ao estresse. Talvez porque nunca imaginei conviver todos os dias 24 horas com elas — e nem vive versa. Me tornei a mãe que brinca menos e se divide entre mais funções. Passei a ter esse lado permissivo depois de quase explodir internamente de tanta irritação. Tenho uma balança imaginária na minha cabeça onde estou equilibrando 'o que deixar' e 'o que não deixar' aquilo que acredito ser saudável para mim enquanto mulher. 

Samara também contou sobre a sua infância e adolescência, que não era uma criança que tinha o costume de apanhar e tomar alguns apertões e beliscões de seus pais.

- Não fui uma criança que apanhou, tomou tapas e beliscões, mas meu pai tinha uma voz potente e usava isso como forma de ameaça. Hoje, se não busco uma reeducação, reproduzo o mesmo com minhas filhas. Aprendi que gritos, castigos e punições só vão deixá-las com mais raiva. Cuido sozinha delas e já descarreguei meu estresse e raiva berrando, confesso, mas, logo em seguida, vem aquele choro profundo e um pedido de desculpas explicando o motivo daquele meu desabafo ou agressão verbal — e terminamos numa conversa sensível e sincera. Passei a querer ter menos o controle de tudo e tenho me visto muito mais indo ao encontro de bons diálogos em vez de partir para os berros. Berrar me faz muito mal. Ou melhor: nos faz muito mal. Durante esse isolamento, tanto eu quanto as meninas enxergamos isso. Como é nocivo criar uma criança aos gritos! Porque gritar me faz adoecer e faz com que elas cresçam como cresci, naturalizando esse tipo de comportamento. Então, agora grito menos e respiro mais quando vontade de berrar vem com tudo. Respiro, explico, repito pela décima vez. Respiro (mais uma vez!) e o impulso de gritar passa. Ufa! Fui tentando achar um equilíbrio entre ser gentil e firme, mas o trabalho é árduo. 

E assim como uma mãe que tem duas crianças em casa, Samara divide os seus afazeres com separação de brigas das crianças.

- Tenho me visto tendo que separar brigas por motivos banais que viram um caos dentro de casa. Isso é chato. É uma tarefa sufocante ser a única responsável por duas crianças, dar limites para eles e na quarentena isso piorou. No início da pandemia eu sabia que não podia cobrar demais, as duas já estavam isoladas, sem ver os amigos, tinham mudado de cidade, estavam lendo notícias tristes... Era muita coisa na cabecinha delas. 

Mas a atriz percebeu que não adianta dar murro em ponta de faca e começou a abrir mão de algumas coisas e ir relaxando um pouco para também não enlouquecer.

- Por mais que saibamos o quão privilegiados somos, a pressão ainda é enorme e não deixa de existir na rotina. Resolvi ir “relaxando”, mas é desolador se ver não cumprindo o papel da mãe organizada, que sabe todos os horários de compromissos dos filhos, que verifica se o dever de casa está em dia, que não perde a reunião da escola e que confere se os dentes estão mesmo bem escovados. Em contrapartida, me tornei a mãe que faz o melhor arroz (confesso, ele era horrível!), o melhor purê, o melhor strogonoff, que forra a cama com mais afinco, arruma as gavetas, passa as calcinhas, decora coreografias, é mais transparente. Fui tentando passar por cima das cobranças que eu mesma me fazia. Sigo tentando, errando e acertando. Por fim, aprendi que preciso ser paciente... porque não me resta outra alternativa.

A seguir, confira as vezes em que Samara Felippo falou sobre o corpo, padrões e a vida de mãe: