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Publicada em 22/10/2021 às 01:00 | Atualizada em 21/10/2021 às 16:25

Cacau Protásio fala sobre novo trabalho e relembra Paulo Gustavo: Ele dava a mão para todo mundo, ele tinha fé, amor

A atriz é uma das estrelas do longa Amarração do Amor, que fala sobre intolerância religiosa, ao lado de Ary França, Samya Pascotto e Bruno Suzano

Yasmin Luara

Divulgação

Imagine que uma jovem, filha de uma família que segue a religião judaica, decide se casar com um rapaz que cresceu na Umbanda. É alerta de confusão na certa, não é mesmo? Pois é esse o enredo do longa Amarração do Amor, estrelado por Cacau Protásio, Ary França, Samya Pascotto e Bruno Suzano. A trama, que estreou no dia 14 de outubro, traz um importante debate sobre a intolerância religiosa - e o ESTRELANDO conversou com o elenco com exclusividade para conferir como foi participar desse projeto.

Apesar de Samya e Bruno viverem os personagens principais da trama, Bebel e Lucas, quem realmente chama a atenção são os personagens de Cacau e Ary. Enquanto a atriz interpreta a mãe do rapaz, uma mãe de santo fervorosa em um terreiro umbandista, o ator vive um judeu apegado as tradições, que não suporta a ideia de que a filha se case fora da própria religião. Esse choque, é claro, abre portas para uma série de brigas e preconceitos, que são pano de fundo para o desenrolar da trama.

Para Protásio, essa é a oportunidade perfeita de mostrar aos telespectadores que não há uma religião que esteja mais correta que as outras, e que o que realmente importa é que as pessoas tenham amor e respeito umas pelas outras:

- As religiões que a gente estava vivento não eram as nossas religiões, então eu não sou da umbanda, eu não estava acostumada a usar aquelas roupas, e o Ary não é judeu. Era tudo muito diferente do nosso cotidiano, do nosso dia a dia, mas era muito bom, era muito engraçado, e a gente fazia tudo com muito respeito, com muito amor. No mundo que a gente vive hoje, as pessoas são muito intolerantes, as pessoas não respeitam a religião de ninguém. Então poder fazer esses papéis e mostrar pras pessoas que isso tem que parar é muito importante.

França, por sua vez, concorda com a colega:

- Está em Camões e em Renato Russo: Ainda que eu soubesse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. Então é o amor que tem que prevalecer, não adianta nada ter regra social, política, se não tem amor. É isso que tem que predominar e acho que é isso o recado do filme.

Os dois artistas, que são conhecidos principalmente por papéis ligados a comédia, ainda destacam que viver personagens mais carrancudos e conflitantes acabou não sendo um desafio tão grande - na verdade, a sinergia entre eles acabou facilitando a concentração nas cenas mais tensas e marcadas por preconceito, como uma discussão em um restaurante e também durante a cerimônia de casamento dos filhos.

E, por falar em casamento, não podemos esquecer que Cacau oficializou recentemente sua relação de nove anos com Janderson Pires! A atriz, que já havia realizado uma cerimônia comemorativa em uma casa de festas em 2015, entrega a vontade de também firmar o matrimônio na religião católica, e diz que está esperando apenas pela conclusão da anulação do casamento anterior de Janderson para seguir esse plano.

A atriz, conhecida por seu trabalho no programa Vai que Cola ao lado de Paulo Gustavo, que morreu em maio deste ano por consequência da Covid-19, ainda aproveitou para relembrar a fé do amigo, que costumava abordar o tema da intolerância religiosa. De acordo com Cacau, Paulo teria amado participar do filme, fosse em meio ao elenco ou ajudando da divulgação da trama:

- Eu rezo o terço da misericórdia todos os dias às 15h, e tinha vezes que ele estava lá no Vai que Cola e ele ficava me sacaneando, falando: Olha lá a beata! Vai rezar, mas depois ele me dava beijo e falava: Reza por mim, hein? Então ele era essa pessoa que brincava com tudo mas tinha fé, ele queria que todo mundo fosse feliz. O Paulo tinha amor no peito, ele ajudava muitas pessoas. Então acho que ele ia amar participar do filme, e ia ajudar muito a divulgar.

Quem também conversou com o ESTRELANDO foram os atores Samya Pascotto e Bruno Suzano, além da diretora e roteirista Caroline Fioratti. O trio destaca a importância de levantar o debate sobre a intolerância religiosa - e Bruno entrega que sua carreira artística tem se relacionado com os mais diversos tipos de fé:

- É muito curioso, porque o meu primeiro filme foi Divaldo, O Mensageiro da Paz , que é um filme espírita, e dai na sequência eu fiz o Amarração do Amor, que trata de um universo umbandista. Atualmente, eu estou fazendo a minha segunda novela bíblica, ou seja, eu estou passando por todas as religiões. Eu sou muito curioso, então o novo, o diferente, ele me aproxima.

Samya, por sua vez, aponta que a arte é um dos melhores caminhos para promover a reflexão e a mudança de pensamento na sociedade:

- Eu acredito muito mesmo no poder da arte, e sobretudo no poder do riso. Quando uma pessoa assiste um filme, escuta uma música, ouve uma poesia, as informações chegam num lugar diferente, chega no lugar da emoção, do coração, e não num lugar racional. Isso faz você pensar coisas diferentes, se abrir para coisas diferentes, quem sabe pensar de modo diferente. Então eu acho que fazer um filme sobre intolerância religiosa e de comédia é esse lugar, é dar a oportunidade de, quem sabe, refletir sobre tudo isso e mudar.

A atriz também destaca a mensagem de boa convivência trazida no filme pelo casal Bebel e Lucas, que mesmo com religiões diferentes conseguem conviver e se respeitar, tendo até mesmo certa admiração pela fé um do outro:

- Eu acho que o ser humano, ele tem esse problema que é meio instintivo, tudo o que está fora do que a gente está acostumado ou do que é diferente da nossa norma é visto como uma ameaça. Mas o respeito é essencial para uma relação acontecer de forma saudável, para uma relação frutífera. Ninguém quer estar com uma pessoa que não respeite o seu ser, a sua crença, estar com alguém que não respeite isso é uma violência. 

Carolina, que chegou a ser elogiada por Cacau e Ary graças a seu desempenho como diretora e roteirista da obra, ressalta que o objetivo da trama é justamente mostrar que é possível conviver em paz com as diferentes religiões, além de destacar a importância do apoio familiar e do amor.

- Quando a gente decidiu fazer esse filme, o objetivo era chegar nas pessoas de forma leve e falar sobre uma convivência religiosa, sobre a liberdade de você expressar a sua fé. Então o que a gente quer com Amarração do Amor é que o público se divirta, se identifique com esses jovens que querem se casar e estar juntos, com essas duas famílias muito divertidas e diferentes, com esses pais que são pais reais... E que saiam com conhecimento sobre essas duas religiões e com um sentimento de que a gente pode exercer a nossa fé e respeitar a do outro.

Abaixo, veja o trailer do filme!


A seguir, relembre a trajetória de Paulo Gustavo:


Os dois eram pais dos pequenos Gael e Romeu, que nasceram por meio de barriga de aluguel nos Estados Unidos em agosto de 2019.
  • Divulgação -
    @paulogustavo31
  • Divulgação -
    @paulogustavo31

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Cacau Protásio fala sobre novo trabalho e relembra Paulo Gustavo: <i>Ele dava a mão para todo mundo, ele tinha fé, amor</i>

Cacau Protásio fala sobre novo trabalho e relembra Paulo Gustavo: Ele dava a mão para todo mundo, ele tinha fé, amor

A atriz é uma das estrelas do longa Amarração do Amor, que fala sobre intolerância religiosa, ao lado de Ary França, Samya Pascotto e Bruno Suzano

22/Out/2021

Yasmin Luara

Imagine que uma jovem, filha de uma família que segue a religião judaica, decide se casar com um rapaz que cresceu na Umbanda. É alerta de confusão na certa, não é mesmo? Pois é esse o enredo do longa Amarração do Amor, estrelado por Cacau Protásio, Ary França, Samya Pascotto e Bruno Suzano. A trama, que estreou no dia 14 de outubro, traz um importante debate sobre a intolerância religiosa - e o ESTRELANDO conversou com o elenco com exclusividade para conferir como foi participar desse projeto.

Apesar de Samya e Bruno viverem os personagens principais da trama, Bebel e Lucas, quem realmente chama a atenção são os personagens de Cacau e Ary. Enquanto a atriz interpreta a mãe do rapaz, uma mãe de santo fervorosa em um terreiro umbandista, o ator vive um judeu apegado as tradições, que não suporta a ideia de que a filha se case fora da própria religião. Esse choque, é claro, abre portas para uma série de brigas e preconceitos, que são pano de fundo para o desenrolar da trama.

Para Protásio, essa é a oportunidade perfeita de mostrar aos telespectadores que não há uma religião que esteja mais correta que as outras, e que o que realmente importa é que as pessoas tenham amor e respeito umas pelas outras:

- As religiões que a gente estava vivento não eram as nossas religiões, então eu não sou da umbanda, eu não estava acostumada a usar aquelas roupas, e o Ary não é judeu. Era tudo muito diferente do nosso cotidiano, do nosso dia a dia, mas era muito bom, era muito engraçado, e a gente fazia tudo com muito respeito, com muito amor. No mundo que a gente vive hoje, as pessoas são muito intolerantes, as pessoas não respeitam a religião de ninguém. Então poder fazer esses papéis e mostrar pras pessoas que isso tem que parar é muito importante.

França, por sua vez, concorda com a colega:

- Está em Camões e em Renato Russo: Ainda que eu soubesse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. Então é o amor que tem que prevalecer, não adianta nada ter regra social, política, se não tem amor. É isso que tem que predominar e acho que é isso o recado do filme.

Os dois artistas, que são conhecidos principalmente por papéis ligados a comédia, ainda destacam que viver personagens mais carrancudos e conflitantes acabou não sendo um desafio tão grande - na verdade, a sinergia entre eles acabou facilitando a concentração nas cenas mais tensas e marcadas por preconceito, como uma discussão em um restaurante e também durante a cerimônia de casamento dos filhos.

E, por falar em casamento, não podemos esquecer que Cacau oficializou recentemente sua relação de nove anos com Janderson Pires! A atriz, que já havia realizado uma cerimônia comemorativa em uma casa de festas em 2015, entrega a vontade de também firmar o matrimônio na religião católica, e diz que está esperando apenas pela conclusão da anulação do casamento anterior de Janderson para seguir esse plano.

A atriz, conhecida por seu trabalho no programa Vai que Cola ao lado de Paulo Gustavo, que morreu em maio deste ano por consequência da Covid-19, ainda aproveitou para relembrar a fé do amigo, que costumava abordar o tema da intolerância religiosa. De acordo com Cacau, Paulo teria amado participar do filme, fosse em meio ao elenco ou ajudando da divulgação da trama:

- Eu rezo o terço da misericórdia todos os dias às 15h, e tinha vezes que ele estava lá no Vai que Cola e ele ficava me sacaneando, falando: Olha lá a beata! Vai rezar, mas depois ele me dava beijo e falava: Reza por mim, hein? Então ele era essa pessoa que brincava com tudo mas tinha fé, ele queria que todo mundo fosse feliz. O Paulo tinha amor no peito, ele ajudava muitas pessoas. Então acho que ele ia amar participar do filme, e ia ajudar muito a divulgar.

Quem também conversou com o ESTRELANDO foram os atores Samya Pascotto e Bruno Suzano, além da diretora e roteirista Caroline Fioratti. O trio destaca a importância de levantar o debate sobre a intolerância religiosa - e Bruno entrega que sua carreira artística tem se relacionado com os mais diversos tipos de fé:

- É muito curioso, porque o meu primeiro filme foi Divaldo, O Mensageiro da Paz , que é um filme espírita, e dai na sequência eu fiz o Amarração do Amor, que trata de um universo umbandista. Atualmente, eu estou fazendo a minha segunda novela bíblica, ou seja, eu estou passando por todas as religiões. Eu sou muito curioso, então o novo, o diferente, ele me aproxima.

Samya, por sua vez, aponta que a arte é um dos melhores caminhos para promover a reflexão e a mudança de pensamento na sociedade:

- Eu acredito muito mesmo no poder da arte, e sobretudo no poder do riso. Quando uma pessoa assiste um filme, escuta uma música, ouve uma poesia, as informações chegam num lugar diferente, chega no lugar da emoção, do coração, e não num lugar racional. Isso faz você pensar coisas diferentes, se abrir para coisas diferentes, quem sabe pensar de modo diferente. Então eu acho que fazer um filme sobre intolerância religiosa e de comédia é esse lugar, é dar a oportunidade de, quem sabe, refletir sobre tudo isso e mudar.

A atriz também destaca a mensagem de boa convivência trazida no filme pelo casal Bebel e Lucas, que mesmo com religiões diferentes conseguem conviver e se respeitar, tendo até mesmo certa admiração pela fé um do outro:

- Eu acho que o ser humano, ele tem esse problema que é meio instintivo, tudo o que está fora do que a gente está acostumado ou do que é diferente da nossa norma é visto como uma ameaça. Mas o respeito é essencial para uma relação acontecer de forma saudável, para uma relação frutífera. Ninguém quer estar com uma pessoa que não respeite o seu ser, a sua crença, estar com alguém que não respeite isso é uma violência. 

Carolina, que chegou a ser elogiada por Cacau e Ary graças a seu desempenho como diretora e roteirista da obra, ressalta que o objetivo da trama é justamente mostrar que é possível conviver em paz com as diferentes religiões, além de destacar a importância do apoio familiar e do amor.

- Quando a gente decidiu fazer esse filme, o objetivo era chegar nas pessoas de forma leve e falar sobre uma convivência religiosa, sobre a liberdade de você expressar a sua fé. Então o que a gente quer com Amarração do Amor é que o público se divirta, se identifique com esses jovens que querem se casar e estar juntos, com essas duas famílias muito divertidas e diferentes, com esses pais que são pais reais... E que saiam com conhecimento sobre essas duas religiões e com um sentimento de que a gente pode exercer a nossa fé e respeitar a do outro.

Abaixo, veja o trailer do filme!


A seguir, relembre a trajetória de Paulo Gustavo: