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Montagem-Reuters A Netflix lançou uma série que está dando o que falar. Muito provavelmente se você não assistiu, ao menos viu algo sobre Monstros - Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, que chamou a atenção do público ao contar a história do famoso caso criminal que aconteceu nos Estados Unidos, em 20 de agosto de 1989. Na ficção, o ator Cooper Kotch interpreta Erik Menendez, um dos responsáveis pelo crime.
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Montagem-Reuters Já o outro irmão, Lyle Menendez, é interpretado por Nicholas Alexandre Chavez. Mas você conhece a história real? A seguir, veja tudo sobre o caso.
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Divulgação Erik e Lyle Menendez eram dois adolescentes ricos, que cresceram em bairros de classe alta. No entanto, os dois começaram a roubar por diversão, mas até então, era o único crime que já tinham cometido. Erik, por sua vez, se destacou pelo talento notável para o tênis enquanto frequentava a escola e chegou a frequentar até campeonatos nacionais na modalidade. Já Lyle foi para a Universidade de Princeton, mas foi suspenso por plágio.
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Divulgação José Menendez, pai dos meninos, era um executivo em Hollywood. Ele nasceu em Cuba, mas foi ao Estados Unidos conseguir novas chances e ao entrar na Universidade de Southern Illinois, conheceu Mary Louise, com quem se casa futuramente.
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Divulgação Mary Louise Menendez cursava comunicação na mesma universidade que José, onde se conheceram.
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Divulgação Ambos foram mortos pelos seus filhos na noite do dia 20 de agosto de 1989. José morreu com seis tiros de espingarda, enquanto Kitty, apelido da Mary, morreu com dez. Naquela mesma noite, Lyle e Erik, de 21 e 18 anos de idade, respectivamente, ligaram para a polícia, afirmando que haviam chegado do cinema e encontrado os pais mortos. A cena estaria tão absurda que os policiais até cogitaram envolvimento com a máfia, porém mais tarde descobriram a verdade.
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The Grosby Group No entanto, as autoridades começaram a investigar o caso e algo chamou a atenção: Não havia arrombamento nas portas. Além disso, o comportamento dos dois deixou os investigadores com uma pulga atrás da orelha, já que ambos não davam sinais de luto e começaram a gastar toda a fortuna dos pais, chegando a torrar mais de um milhão de dólares em seis meses, com carros de luxo, relógios e roupas caras. A polícia, então, descobriu que Erik comprou uma espingarda, a arma do crime, poucos dias antes do acontecimento, além de ter recebido uma denuncia da namorada do psicólogo dele, que afirmou que ele havia ameaçado o especialista. Foi somente em 1993 que os irmãos confessaram que foram os responsáveis pelo crime.
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The Grosby Group O caso ganhou espaço na mídia após todo o julgamento ser televisionado, até porque dois jovens ricos terem matado os pais, gastado a fortuna avaliada em quase 14 milhões de reais e encobrir o crime por anos não passaria despercebido. Porém, mesmo acusados de terem cometido o assassinato por conta do dinheiro, a defesa de Erik e Lyle disse que os dois se vingaram por terem sofrido anos de abusos sexuais cometidos por José, com conivência de Kitty.
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Montagem-Divulgação Segundo eles, o pai os abusava sexualmente, estuprava, e batia constantemente neles, além de xingá-los. Imagens dos dois chorando no tribunal enquanto contavam o que teriam sofrido gerou uma certa comoção em parte da população, o que levou a divisão de opiniões sobre o caso na internet até hoje, pois uns acreditam que os dois não mereceram todo o tratamento que receberam devido aos abusos, e outros apontam que eles são assassinos gananciosos. Embora alguns acreditem na versão deles, durante o julgamento, não foi possível provar qualquer abuso sexual, deixando o júri em um impasse, que gerou um grande prolongamento na decisão.
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The Grosby Group Atualmente, os dois permanecem presos na Instituição Correcional Richard J. Donovan em San Diego, Califórnia, Estados Unidos. Eles foram considerados culpados e condenados à prisão perpétua em 1996, sete anos e três julgamentos após o crime. As provas que levaram ao fim do julgamento foram conseguidas por meio do psicólogo Jerome Oziel, que levou as confissões que eles fizeram durante sessões de terapia para o tribunal, as quais foram aceitas.