
Alessandra Negrini revela que já usou drogas e fala sobre os casos de assédio na Globo
Em entrevista, a atriz falou que o movimento Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas tem trazido vários frutos positivos na emissora
14/Fev/2019
Da Redação
Alessandra Negrini abriu o coração em entrevista para a revista Marie Claire, e falou sobre vários temas polêmicos, como poliamor, drogas e depressão. Dentre os assuntos, a atriz, que é mãe de Antonio, de seu casamento com Murilo Benício, e de Betina, falou sobre sua separação com o pai da garota, o cantor Otto, em 2008, e revelou que foi um dos momentos mais difíceis de sua vida.
- Tinha uns 42 anos [de idade], estava no Rio e vim morar em São Paulo. A babá que cuidava do meu filho morreu, estava me sentindo um pouco desamparada lá, sozinha, sem trabalhar. Mudei para São Paulo para ficar mais perto dos meus pais, queria raízes.
Ela também revelou que já beijou mulheres e usou drogas. Sobre as substâncias ilícitas, ela disse:
- Já tomei ácido, umas quatro vezes, foi superlegal. Ia para Visconde de Mauá e descobria a natureza. Mas não bebo demais, não faço nada demais. Mesmo maconha. Não gosto de perder o chão. Por isso as drogas não são tão atraentes para mim. Gosto da música, dança, sexo, amor e literatura.
Ao ser questionada sobre feminismo e assédio, a atriz falou sobre o movimento Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas, e disse que, apesar de parecer algo bem menor do que aconteceu nos Estados Unidos com o Me Too, por exemplo, foi um divisor de águas na Globo.
- No Brasil você tem um grande empregador, que é a Rede Globo. Talvez as pessoas tenham um pouco mais de medo. Coisas do passado talvez nunca venham à tona, mas daqui para a frente, pode ter certeza que não vai mais acontecer. A relação está muito mais profissionalizada do que antigamente. Não sofri nada sério ou muito agressivo. Mas sempre há um assédio de um diretor, que acabava achando normal. Mas não é agradável. E mesmo esse tipo de assédio está deixando de existir.
Apesar de dizer que nunca sofreu um caso sério de assédio, ela deu alguns exemplos do que acontecia nos bastidores da emissora.
- Diretor querer te beijar. Aconteceu comigo. Você chega para o cara e fala: Não, se liga, não tô a fim, e tudo bem. Agora, acredito que outras pessoas possam ter passado por coisas mais sérias. Mas o que acontecia muito é de os diretores se sentirem mais livres para oprimir as mulheres. Não tem a ver com a questão sexual. Casos de grosseria, de machismo. Até diretores gays sendo agressivos com as mulheres. Mas isso, posso assegurar, está diminuindo. Porque agora temos como relatar, entregar a pessoa e ter proteção. Antigamente, estávamos sozinhas. Hoje, existe uma rede de apoio. Essa união faz toda a diferença. Sofremos uma grande violência, que é a de jogar mulher contra mulher ao longo do tempo. Mulher é inimiga de mulher, mulher não gosta de mulher. É corrosivo. Isso está mudando, somos parceiras.
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