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Publicada em 10/09/2019 às 13:05 | Atualizada em 10/09/2019 às 15:27

Glamour Garcia relembra depressão e relata: - O que me trouxe à vida mesmo foi o teatro

A atriz transexual hoje interpreta Britney em A Dona do Pedaço

Da Redação

Divulgação

Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde, acontece nesta terça-feira, dia 10, e essa foi exatamente a temática que o Encontro com Fátima Bernardes abordou. O programa contou com a participação de Luisa Possi, Pedro Carvalho e Glamour Garcia, que interpreta Britney em A Dona do Pedaço.

Glamour é transexual e faz o papel de uma mulher trans na atual novela das 21h da TV Globo. A atriz comentou que a comunidade LGBTQ+ tem uma tendência maior à depressão e suicídio e que vivemos em uma sociedade superficial.

- A gente vive numa sociedade que fica na superfície de tudo. E esse superficial acaba atrapalhando a gente a se aprofundar nos nossos sentimentos. Pensar em depressão, falando de pessoas trans, por exemplo, é um quadro muito abrangente. Muitas pessoas trans desenvolvem depressão pela perseguição sistemática

Após ouvir depoimentos sobre depressão da plateia e também dos demais convidados, Glamour relatou sua experiência na infância e adolescência:

- Eu sofri bastante. Mas a minha personalidade e a criação dos meus pais fizeram com que eu perseverasse. A gente tem que lembrar que bullying é um conjunto de ações que acabam culminando em violências sistemáticas. São violências verbais e físicas que trazem um retrocesso pessoal, é um processo de todas as perdas: da sua cidadania, autoconfiança, capacidade. Em muitos momentos, me senti completamente perdida, ausente de tudo isso. Autoestima zero, contou.

Para finalizar, a artista destacou a importância de uma boa rede de apoio e achar algo que te deixe feliz, que no caso dela foi o teatro:

- O que me trouxe à vida mesmo foi o teatro. Sempre tive quadros de depressão em muitos momentos por isso: pelo bullying, pela perseguição sistemática, as muitas agressões que infelizmente aconteceram. O teatro foi uma possibilidade de não só me desenvolver, mas de ter amor, ter anseio, de estudar, me entregar à vida.


Se você conhece alguém que esteja passando por dificuldades emocionais e/ou psicológicas e que precise de ajuda, sendo um suicida em potencial ou não, ligue para o número 188. É o contato do CVV (Centro de Valorização à Vida), que possui voluntários capacitados 24 horas por dia à disposição. A ligação é gratuita para todo o Brasil.

A seguir, veja mais celebridades trans que fazem sucesso no mundo do entretenimento: 


Chaz Bono, filho de Cher e Sonny Bono, é ativista dos direitos LGBTQ+, advogado e ator. Ele nasceu Chastity Sun Bono e após muitas especulações, revelou ser lésbica em 1995. Ele escreveu dois livros para falar sobre esse processo: Family Outing: A Guide to the Coming Out Process for Gays, Lesbians, and Their Families, em 1998, e The End of Innocence, em 2003. Entre 2008 e 2010, ele passou pelo processo de transição de gênero e até fez o documentário Becoming Chaz para contar tudo. Ao Huffington Post Chaz já declarou o seguinte: - Então, com frequência as pessoas pensam que estamos tentando enganar outras pessoas por ser algo que não somos. Não. Aquilo não era eu. Agora eu sou quem eu sou.
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Glamour Garcia relembra depressão e relata: <i>- O que me trouxe à vida mesmo foi o teatro</i>

Glamour Garcia relembra depressão e relata: - O que me trouxe à vida mesmo foi o teatro

A atriz transexual hoje interpreta Britney em A Dona do Pedaço

10/Set/2019

Da Redação

Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde, acontece nesta terça-feira, dia 10, e essa foi exatamente a temática que o Encontro com Fátima Bernardes abordou. O programa contou com a participação de Luisa Possi, Pedro Carvalho e Glamour Garcia, que interpreta Britney em A Dona do Pedaço.

Glamour é transexual e faz o papel de uma mulher trans na atual novela das 21h da TV Globo. A atriz comentou que a comunidade LGBTQ+ tem uma tendência maior à depressão e suicídio e que vivemos em uma sociedade superficial.

- A gente vive numa sociedade que fica na superfície de tudo. E esse superficial acaba atrapalhando a gente a se aprofundar nos nossos sentimentos. Pensar em depressão, falando de pessoas trans, por exemplo, é um quadro muito abrangente. Muitas pessoas trans desenvolvem depressão pela perseguição sistemática

Após ouvir depoimentos sobre depressão da plateia e também dos demais convidados, Glamour relatou sua experiência na infância e adolescência:

- Eu sofri bastante. Mas a minha personalidade e a criação dos meus pais fizeram com que eu perseverasse. A gente tem que lembrar que bullying é um conjunto de ações que acabam culminando em violências sistemáticas. São violências verbais e físicas que trazem um retrocesso pessoal, é um processo de todas as perdas: da sua cidadania, autoconfiança, capacidade. Em muitos momentos, me senti completamente perdida, ausente de tudo isso. Autoestima zero, contou.

Para finalizar, a artista destacou a importância de uma boa rede de apoio e achar algo que te deixe feliz, que no caso dela foi o teatro:

- O que me trouxe à vida mesmo foi o teatro. Sempre tive quadros de depressão em muitos momentos por isso: pelo bullying, pela perseguição sistemática, as muitas agressões que infelizmente aconteceram. O teatro foi uma possibilidade de não só me desenvolver, mas de ter amor, ter anseio, de estudar, me entregar à vida.


Se você conhece alguém que esteja passando por dificuldades emocionais e/ou psicológicas e que precise de ajuda, sendo um suicida em potencial ou não, ligue para o número 188. É o contato do CVV (Centro de Valorização à Vida), que possui voluntários capacitados 24 horas por dia à disposição. A ligação é gratuita para todo o Brasil.

A seguir, veja mais celebridades trans que fazem sucesso no mundo do entretenimento: