
Diretores de Jogo Cruzado, Pedro Amorim e Maria Farkas revelam como elenco mergulhou de cabeça na trama: - Foi genial
09/Jul/
Chegou o grande dia! Nesta quarta-feira, dia 9, estreia na Disney+ os oito episódios da primeira temporada de Jogo Cruzado. Os diretores Pedro Amorim e Maria Farkas apresentam ao público uma comédia que aborda pautas importantes com muita leveza, ao mesmo tempo em que inova ao trazer uma ficção sobre os bastidores do jornalismo esportivo. O grande charme da produção é que o telespectador não precisa ser um grande fã ou expert em futebol para ser cativado pela história.
Em entrevista exclusiva concedida ao ESTRELANDO, a dupla de cineastas compartilharam detalhes do processo de criação e gravação da série, que conta com José Loreto e Carol Castro como os protagonistas Matheus Reis e Elisa, além de outras grandes estrelas em papéis coadjuvantes, como Gabriel Santana, Aline Dias, Luciana Paes, Ravel Cabral e Leandro Ramos.
Pedro começa contando que a ideia inicial era retratar apenas os bastidores da vida de um jogador de futebol, mas conforme desenvolviam a personagem Elisa, notaram a sua potência e decidiram direcionar a trama para o jornalismo esportivo.
- Surgiu de uma roteirista argentina, que deu a ideia de fazer uma série sobre um jogador de futebol, sobre os bastidores. Não era nem sobre o jornalismo esportivo, mas a gente sentiu a necessidade de criar alguém do jornalismo esportivo para contracenar com ele. Ela deu a ideia e foi embora, aí o Álvaro Campos, que é o roteirista chefe, pegou junto comigo e quando a Maria entrou a gente foi dando corpo ao roteiro. A gente viu que o personagem da Elisa cresceu tanto, que falamos: A série é sobre os bastidores do jornalismo esportivo com umas pitadas da vida ostentação do jogador de futebol, mas a nossa arena é o jornalismo esportivo.
É evidente a sinergia entre Carol e José dentro e fora de cena. Os atores, que interpretam inimigos declarados na série, mergulharam de cabeça nos personagens e também surgem se bicando em tom de brincadeira mesmo quando não estão gravando, provando que foram a escolha perfeita para os papéis e formam uma ótima parceria.
Questionados sobre como foi coordenar a dupla, Pedro e Maria revelam que o clima leve reinava nas filmagens e os protagonistas realmente encarnaram seus papéis - principalmente José, que acabou adotando características de Matheus.
- A gente teve um momento de ensaios com a preparadora de elenco e o Loreto falou: Você vai ver, vai chegar duas semanas antes de filmar, quando começar a fazer testes de figurino, vai ser só o Matheus. Aí ele começou a chegar atrasado nas coisas e a virar o Matheus mesmo, a fazer umas exigências que ele não fazia e a gente falava: O cara virou o personagem. Isso deu um gatilho na Carol de virar a personagem também. Não que ela já não estivesse imbuída e não tivesse isso nela, eles foram entrando nesse jogo de gato e rato fora das telas também. Depois quando a gente filmou já estava meio que pronto, a gente só entrava meio que como juiz, conta Pedro.
O diretor conta que fizeram testes com vários atores, dos mais aos menos famosos, e que todos deram o seu melhor na leitura dos textos. No entanto, foi quando chegou a vez de José e Carol que notaram que os artistas se encaixaram de cara nos personagens. Maria adiciona que o restante do elenco contribuiu na entrega de um belo projeto:
- Até os coadjuvantes também são grandes atores. A gente tem um elenco muito estelar, são pessoas que se deram 100% para o projeto. Tanto a Carol e o Loreto, que foram incríveis e super generosos com a gente. Todo o elenco estava muito a fim de fazer, fez com muita garra e muita doação de si. Isso foi genial, a gente fez um monte de testes e leituras, mas todo mundo que entrou trouxe um pouco de si de um jeito muito divertido de ver.
Pedro conta que eles deram a liberdade de os atores adicionarem seus próprios elementos na trama:
- A gente dava muita liberdade nessas leituras, de falar: Não se preocupa muito com o texto, pode fazer como achar melhor. Dávamos um pouco da diretriz de como era o personagem inicial, mas deixávamos eles trazerem coisas para a gente. A gente tem Luciana Paes, que é a dona do canal, Ravel Cabral também, maravilhosos, trouxeram coisas incríveis. O Leandro Ramos como o parça do Matheus, ele é roteirista, também ator e trouxe coisas incríveis. Realmente foi uma colaboração, eles trouxeram muitas coisas para a gente.
E completou:
- A escolha foi muito a partir do que eles trouxeram para a gente, o quanto poderiam oferecer para aquele personagem e trazer realidade. É fácil uma comédia cair em uma simples farsa, a gente queria fazer uma comédia que seja leve, mas fale sobre temas profundos, sobre dilemas éticas, mas que fosse verdadeira e os personagens tivessem dramas reais. Eu acho que é uma tendência fazer comédias hoje me ida mais verdadeiras, que não fiquem na palhaçada e na casca de banana, que os personagens tenham drama. Quando você tem um drama forte, a comédia vem com tudo por causa da situação.
Um aspecto muito atraente de Jogo Cruzado é a grande riqueza de detalhes, que trazem maior realismo à história. Os craques de futebol tem cabelo descolorido com a raiz preta crescendo, tatuagens aleatórias espalhadas pelo corpo, curativos nos dedos dos pés, tênis próprios de jogador caro, roupas chamativas e joias para lá de brilhantes, típicas do estilo de vida ostentação. Pedro e Maria contam que muitos dos elementos visuais foram escolhas de roteiro.
- Pé machucado estava escrito no roteiro. Foi um episódio que a Maria dirigiu, ela fez questão de fazer o plano do pé machucado porque era fundamental para mostrar o que era um jogador de futebol, diz o diretor.
A diretora dá mais detalhes, esclarecendo que a equipe teve todo um cuidado nos planos e enquadramentos, buscando trazer de forma fiel a experiência técnica do jornalismo esportivo.
- Partiu super do roteiro, porque uma coisa que eu acho que é uma grande qualidade nossa e do Álvaro que é o chefe da sala de roteiro, um cara super obsessivo e muito boleiro, gosta muito de futebol, sabe muito. Isso foi um ponto de partida. Teve um cuidado que parte muito da premissa da série, que é dentro do bastidor do programa ao vivo de televisão, com três câmeras, no mínimo, operando. Teve uma construção de imagem que partiu disso. Como que são as câmeras desse programa? Como é a nossa câmera de narrador? A gente tomou decisões estéticas de enquadramento e posicionamento que tiveram a ver com o universo da série que a gente está tratando. Foi uma coisa muito feliz nesse sentido.
E complementa dizendo como o jogo de câmeras contribui para a narrativa:
- Como que o brasileiro está acostumado a assistir futebol? A gente sabe, tem uma gramática, uma câmera no meio, uma no impedimento, a que fecha na bola, o carrinho lateral no campo... Quando no primeiro episódio o Pedro colocou a câmera dentro do campo seguindo o jogador, isso tem um objetivo narrativo. As nossas decisões estéticas estão baseadas na história que estamos contando, por isso acho que foi tão feliz a concepção de imagem da nossa série.
Pedro finaliza contando uma curiosidade:
- Quando era para ser o programa de TV, os profissionais que estavam operando as câmeras trabalhando com TV de verdade. Foi a melhor coisa, porque eles já sabiam, eram acostumados a gravar futebol. Isso ajudou muito no que escolher. Tinha o momento subjetivo, quando a gente entra com a nossa câmera, aí é o nosso fotógrafo entrando com a câmera em campo para transmitir a emoção do personagem. Então tinha a câmera subjetiva e a dos programas de TV feita por cameramans profissionais no assunto.
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